"Isso ficou claro já no discurso de posse", afirma o líder do governo na Câmara, Arnaldo Madeira (PSDB), um dos políticos mais próximos de Covas. "O governador é uma referência nacional e terá um papel relevante em qualquer grande questao política", prevê o líder tucano. Segundo ele, no primeiro mandato, os problemas de Sao Paulo eram tao grandes que Covas teve de se concentrar na administraçao estadual. "Agora, com o Estado em uma situaçao melhor, ele vai acabar exercendo uma liderança nacional".
Na avaliaçao de alguns assessores, isso deve se refletir na montagem do secretariado. O vice-governador Geraldo Alckmin ficaria como um gerente da administraçao e os secretários teriam um perfil de executivos. Para o deputado José Aníbal (PSDB), outro político próximo de Covas, as coisas nao sao excludentes. "O governador continuará cuidando do Estado, mas terá uma presença mais constante em Brasília", diz Aníbal.
Na sua avaliaçao, Covas hoje é um dos maiores líderes políticos do País e será indispensável nas grandes discussoes nacionais. "Agora é outro governo e outra situaçao, que exige a liderança nacional de Mário Covas", analisa. A administraçao estadual, na sua visao, nao será um problema maior. "Nesses quatro anos, Covas teve de conduzir o aviao de olho na janela", compara Aníbal. "Agora, ele pode pilotar por instrumentos".
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