"Realisticamente esta possibilidade existirá se o governo federal acabar com as represálias que vem adotando contra o estado de Minas Gerais", disse. Caso esta açao fosse tomada, Dupeyrat insiste que uma parcela "substancial" da dívida poderia ser quitada ainda este ano.
Na entrevista, o secretário explicou os critérios adotados pelo governo mineiro para definir o escalonamento do pagamento dos credores inscritos na dívida flutuante. Ontem pela manha, Dupeyrat - junto com o governador de Minas, Itamar Franco - anunciou que dentro dos próximos 90 dias o governo pretende quitar um débito de R$ 8,864 milhoes junto a cerca de 34 mil pequenos credores do Estado. Até o final do ano o governo pretende quitar os débitos junto a outros 14 mil credores, totalizando um montante de R$ 39 milhoes. Ficariam para o próximo ano aproximadamente 1.625 credores que respondem por pouco mais de R$ 300 milhoes em débitos do Estado.
Nesta quarta cedo, no entanto, Dupeyrat ressaltou que grande parte destes débitos que ficarao para serem acertados no ano que vem sao créditos intra-governamentais, ou seja, entre empresas públicas e a administraçao direta. O secretário no entanto nao precisou qual é a parcela dentro do montante total da dívida flutuante que cabe a estes créditos intra-governamentais.
Dupeyrat garantiu apenas que o governo fará um levantamento global para criar um sistema de compensaçao.
Dupeyrat lamentou que o governo federal nao queira enfrentar com "seriedade" o questionamento apresentado por Itamar Franco ontem, de que Minas teria a receber mais de R$ 19 bilhoes referentes a débitos de previdência e de obras de manutençao de estradas federais no Estado. Segundo o secretário a Uniao pretende assumir uma "postura de submissao" que envolveria, primeiramente, "tolher as administraçoes estaduais e municipais" para que sejam cumpridos os pagamentos de débitos aos credores internacionais.
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