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Boa ou ruim, estrada não cansa C4
Wagner Oliveira
Do Diário do Grande ABC
05/01/2011 | 07:00
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Caio Arruda/DGABC


Ao completar uma década de produção no Brasil, vai ficando para trás o tempo em que a Citroën era conhecida como- montadora novata que chega para disputar vendas com fabricantes tradicionais. Mas mesmo após dez anos de industrialização no País, o da marca francesa ainda acaba surpreendendo - e positivamente - muita gente pelos rincões do País, que ainda não se familiarizou com os traços diferenciados do estilo francês.

Essa foi uma das impressões colhidas pela reportagem, que a bordo de um Citroën C4 Exclusive Sport percorreu quase 3.000 quilômetros por cidades nos extremos dos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Não é à toa também que a própria montadora direciona seu crescimento para as cidades médias na fronteira agrícola, onde o mercado emergente anseia por novidades e está longe do saturamento das metrópoles.

Mas até chegar ao interior, o C4 foi abrindo caminho pelas rodovias, cujo pavimento vai piorando de qualidade na medida em que se distancia das regiões mais desenvolvidas. Nisso é importante o pacote oferecido pelo modelo cedido: freios ABS, com disco nas quatro rodas acompanhado de REF (repartidor eletrônico de frenagem), além do ESP (controle de estabilidade), equipamento de muita importância em arcaicas estradas, cujas curvas mal elaboradas e em traçados antigos sempre exigem muita concentração do condutor e auxílio da eletrônica embarcada.

Aliás, estabilidade é um item quase natural do C4, cujo desenvolvimento foi inspirado em provas de rali - competição em que pilotos franceses sempre se destacam. Com seu teto e traseira baixos, o modelo apresenta aerodinâmica que transmite sensação de segurança para quem o dirige - mesmo em treçhos de asfalto rugoso ou algumas vicinais de terra.

O pacote de segurança inclui também, como itens opcionais seis air bags (frontais, tórax e cortina), além de cintos de segurança pirotécnicos - que realizam ajuste automático no corpo dos usuários em situações de emergência.

Se não é de empolgar, o motor 2.0 cumpre sua função de conduzir uma família de quatro pessoas tranquilamente. Ultrapassagens, principamente em estradas de mão única, devem ser muito bem calculadas, já que o propulsor não oferece força extra quando se está em rotações mais altas.

Com câmbio manual de cinco velocidades (ou automático sequencial), o motor 2.0 flexível do C4 gera 143 cavalos (gasolina) ou 151 cv (etanol) a 6.000 rpm. O torque é de 20,3 mkgf rpm (gasolina) ou 21,3 mkgf (etanol) a 4.000 rpm. Segundo medições da Citroën, o C4 2.0 faz de 0 a 100 km/h em 11 segundos.

Quando a questão é conforto, sua viagem será mais cômoda a bordo de um Citroën. Este é um dos motivos que fizeram com que uma marca comum no mercado europeu ganhasse ares premium aqui.

Isto fica bem claro quando se nota o primeiro contato de interioranos com o veículo da marca. Muitos não disfarçam a curiosidade e se aproximam para saber mais sobre o carro, que chama bastante atenção, principalmente, na cor vermelha Aden (lembra a cor da Ferrari) realçada pelas bem esculpidas rodas de liga leve aro 16.

Detalhes como ar-condicionado digital de duas zonas, perfumador de ar interno integrado e bancos revestidos de couro (opcionais) garantem conforto a mais durante longos percursos. Também ajudam a desenvolver bem a viagem para-brisa com sensores de chuva e faróis com acendimento e foco automáticos.

Para um modelo cotado a partir de R$ 58,4 mil, o C4 Exclusive Sport tem o que mostrar. É uma possibilidade para quem quer experimentar algo de novo.




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