Os presidentes das principais empresas de petróleo foram nesta terça-feira ao Senado reivindicar a consolidação do setor, no momento em que os senadores contemplam a possibilidade de legislar para aumentar a concorrência e reduzir os preços.

"As fusões realizadas nos últimos 25 anos no setor de petróleo e gás americano ajudaram a tornar mais eficiente a produção, o refino e a comercialização dos recursos energéticos", afirmou David O'Reilly, presidente da Chevron, acrescentando que estas fusões beneficiaram os americanos com combustíveis "acessíveis, seguros e de melhor qualidade".

"A globalização empurra a tendência à consolidação, e as fusões permitem que as empresas de todos os setores façam economias de escala (...), para poderem competir no cenário mundial", assinalou James Mulva, presidente da ConocoPhilips.

Para Mulva, o surgimento de empresas nacionais que competem fora de suas fronteiras compensou muito a queda do número de empresas produtoras de petróleo internacionais (...). O número de competidores internacionais aumentou a partir dos anos 80", acrescentou.

O influente senador republicano Arlen Specter propôs um projeto de lei para "melhorar a concorrência no setor de petróleo e gás e fortalecer a luta antitruste quando ocorrem fusões".

Este projeto proíbe qualquer fusão ou aquisição no setor de hidrocarbonetos "se ela têm por efeito reduzir sensivelmente a concorrência".

As companhias de petróleo estão na mira do Congresso há vários meses, pois os legisladores se dizem decididos a lutar contra os altos preços da energia.