"Quero citar três coisas que não pretendemos fazer", disse Peres à rede de TV americana CBS. "Não temos a intenção de ocupar as zonas. Permaneceremos ali por um curto período, (uma) semana, duas semanas, três semanas", descreveu. A segunda condição, segundo o chanceler: "não vamos ferir o líder Arafat".
"Em terceiro lugar, não vamos desativar a Autoridade Palestina, mas ela têm de cumprir seu dever".
"Não acho que haverá uma guerra total", acrescentou. "Espero um esforço total para que a Autoridade Palestina faça as coisas que tem de realizar e não fez, deter os que perturbam a ordem, as pessoas responsáveis pelos ataques suicidas."
Peres descartou que seu país tenha planos para deportar palestinos para o Egito e a Jordânia e assegurou que todos as afirmações a respeito são completamente falsas e infundadas. "Não, não temos intenções de expulsá-los nem negociamos com o Egito ou a Jordânia para isto", assegurou Peres em entrevista à imprensa em Jerusalém.
As declarações foram dadas horas depois que o deputado árabe-israelense Ahmed Tibi foi informado pelo presidente palestino Yasser Arafat das intenções de Israel de expulsar centenas de civis palestinos detidos em Ramallah.
Tibi, ex-assessor de Arafat, disse por telefone à Agência France Presse que estava disposto a fazer tudo o que fosse possível para que a expulsão não aconteça.
Em Amã, o porta-voz do governo Mohammad Adwán anunciou, em comunicado lido na televisão, que a Jordânia nunca permitirá que Israel expulse palestinos para seu país. "A posição da Jordânia é clara e firme. A Jordânia sempre deixou claro que rejeitaria, em quaisquer circunstâncias, o exílio forçado do povo palestino", afirmou.
Quase a metade da população jordaniana, de cinco milhões de habitantes, é de origem palestina.
Adwán, ministro da Informação, reiterou o apoio de Amã ao povo palestino e a "seu direito de permanecer em sua terra e a estabelecer um Estado independente em seu território nacional".
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