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Lula defende fórum permanente com países em desenvolvimento
Da AFP
07/06/2007 | 11:31
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, convidado da reunião de cúpula do G8 na Alemanha, defendeu a realização de um "fórum permanente" entre os países ricos e pobres para uma globalização "mais solidária", em artigo publicado nesta quinta-feira pelo jornal francês ‘Le Monde’.

"A constituição de um fórum permanente entre países em desenvolvimento e os países desenvolvidos para tratar das questões essenciais do mundo hoje ajudará a tornar a globalização menos assimétrica e mais solidária", afirmou Lula no texto.

O chefe de Estado brasileiro assiste pela quarta vez à Cúpula do G8, mas gostaria que esta assiduidade não dependesse mais de um convite. Para Lula, o grupo teria que ser ampliado para criar um mecanismo regular de consultas entre países ricos e emergentes.

Em seu artigo no ‘Le Monde’, Lula se disse convencido de que "a mudança climática, o desenvolvimento sustentável, as fontes novas e renováveis de energia e o financiamento para o desenvolvimento são temas sobre os quais os principais países emergentes deverão ser escutados".

"Na realidade, não só as populações de nossos países estão envolvidas como nossos países têm a capacidade de formular e adotar propostas inovadoras para responder a estes múltiplos desafios", argumentou, citando como exemplo a transformação dos biocombustíveis.

A alternativa, segundo ele, é "muito importante para os países em desenvolvimento, graças a seu potencial de criação de empregos e de renda".

Lula rebateu as críticas de que os biocombustíveis podem afetar a segurança alimentar ou agravar as mudanças climáticas.

"Se os países adotarem culturas adaptadas às suas realidades e necessidades, os biocombustíveis podem conviver com a segurança alimentar e a preservação do meio ambiente", afirmou.

Para o presidente brasileiro, "não haverá desenvolvimento duradouro, equilíbrio ambiental nem segurança contínua se não conseguirmos eliminar a fome e a extrema desigualdade social".



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