Secretário da Educação assegura que plano foi pautado na Constituição
Um dia após ver os vereadores de São Bernardo contestarem o PME (Plano Municipal de Educação), focando reclamações em brechas à instituição da ideologia de gênero na rede pública, o secretário de Educação do governo do prefeito Luiz Marinho (PT), Paulo Dias (PT), assegurou que o termo não foi adicionado no texto original do plano, considerando a discussão como “secundária” entre os parlamentares.
Autor do texto de metas, Paulo Dias citou a Constituição Federal para defender a matéria, dizendo que o debate sobre opções sexuais não está pautado. “A escola não tem esse poder de proibir discussões. No entanto, o foco do PME não é esse. Estamos traçando objetivos para os próximos anos e esperamos debate em cima disso. Convido a todos com disposição a irem em nossas escolas a fim de constatarem como é feito o trabalho”, observou.
Na quarta-feira, os parlamentares adiaram a votação da matéria depois de conflito em torno da ideologia de gênero. A bancada de oposição, liderada por Julinho Fuzari (PPS), protocolou série de emendas modificativas pedindo veto à liberdade da discussão. Integrantes da base governista se juntaram aos oposicionistas pela derrubada do termo. Os vereadores do PT Luiz Francisco da Silva, o Luizinho, e Toninho da Lanchonete foram contra a orientação do governo e assinaram documento da oposição. A sessão, porém, foi encerrada e a votação foi prorrogada para quarta-feira, no último trabalho legislativo do ano.
“Existe muita coisa em que São Bernardo avançou. Umas delas, a meta de vagas nas creches. A meta nacional estipulou 50% até 2022 e nós já temos 42% das nossas crianças matriculadas”, pontuou o titular da Pasta.
O município foi o penúltimo da região a entregar o plano – Diadema irá concluir somente no ano que vem – cinco meses depois do prazo estabelecido pela presidente Dilma Rousseff (PT).
Paulo Dias evitou comentar expectativa em relação à votação final, assim como possível modificação ao texto. Apenas salientou que a discussão está secundária, garantindo “não entender”, repercussão no Legislativo.
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