Política Titulo São Bernardo
Paulo Dias garante que ideologia de gênero não está inserida no PME

Secretário da Educação assegura que plano foi pautado na Constituição

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
04/12/2015 | 07:00
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Um dia após ver os vereadores de São Bernardo contestarem o PME (Plano Municipal de Educação), focando reclamações em brechas à instituição da ideologia de gênero na rede pública, o secretário de Educação do governo do prefeito Luiz Marinho (PT), Paulo Dias (PT), assegurou que o termo não foi adicionado no texto original do plano, considerando a discussão como “secundária” entre os parlamentares.

Autor do texto de metas, Paulo Dias citou a Constituição Federal para defender a matéria, dizendo que o debate sobre opções sexuais não está pautado. “A escola não tem esse poder de proibir discussões. No entanto, o foco do PME não é esse. Estamos traçando objetivos para os próximos anos e esperamos debate em cima disso. Convido a todos com disposição a irem em nossas escolas a fim de constatarem como é feito o trabalho”, observou.

Na quarta-feira, os parlamentares adiaram a votação da matéria depois de conflito em torno da ideologia de gênero. A bancada de oposição, liderada por Julinho Fuzari (PPS), protocolou série de emendas modificativas pedindo veto à liberdade da discussão. Integrantes da base governista se juntaram aos oposicionistas pela derrubada do termo. Os vereadores do PT Luiz Francisco da Silva, o Luizinho, e Toninho da Lanchonete foram contra a orientação do governo e assinaram documento da oposição. A sessão, porém, foi encerrada e a votação foi prorrogada para quarta-feira, no último trabalho legislativo do ano.

“Existe muita coisa em que São Bernardo avançou. Umas delas, a meta de vagas nas creches. A meta nacional estipulou 50% até 2022 e nós já temos 42% das nossas crianças matriculadas”, pontuou o titular da Pasta.

O município foi o penúltimo da região a entregar o plano – Diadema irá concluir somente no ano que vem – cinco meses depois do prazo estabelecido pela presidente Dilma Rousseff (PT).

Paulo Dias evitou comentar expectativa em relação à votação final, assim como possível modificação ao texto. Apenas salientou que a discussão está secundária, garantindo “não entender”, repercussão no Legislativo. 




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