A justiça francesa abriu uma investigação depois de descobrir dois imigrantes clandestinos trabalhando nas obras de reforma de uma das residências do presidente Nicolas Sarkozy, que está empenhado em endurecer as leis contra a imigração ilegal.

Na quarta-feira, dois operários oriundos de Mali e com permissões de residência falsas foram detidos em La Lanterne, uma mansão situada perto do majestoso castelo de Versalhes, na periferia de Paris.

Segundo o jornal Le Parisien, que revela o caso nesta sexta-feira, Sarkozy e sua esposa Cecilia estão reformando a residência para, talvez, a transformar em seu domicílio fixo.

O promotor de Versalhes, Michel Desplan, ordenou uma investigação sobre o assunto à polícia de fronteiras.

Segundo parece, a empresa que contratou os dois operários o fez de boa fé e, por isso, não foi autuada.

Os porta-vozes do presidente se limitaram a enfatizar que este assunto dependia do secretário-geral do governo, Serge Lasvignes, já que La Lanterne está vinculada ao executivo e não à presidência.

O próprio Lasvignes explicou nesta sexta-feira que as obras de La Lanterne fazem parte de um projeto de reforma iniciado em 2002 e não respondem em absoluto a um pedido da presidência da República.

Os dois operários foram liberados na quinta-feira, mas podem se ver obrigados a prestar contas ante a justiça por porte de documentação falsa.