Política Titulo Incineração
Grana e Donisete
acertam detalhes
de usina do lixo

Petistas de Sto.André e Mauá apresentarão nos próximos dias modelo do termo de cooperação técnica

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
20/06/2013 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


Os prefeitos de Santo André, Carlos Grana (PT), e de Mauá, Donisete Braga (PT), finalizam os últimos detalhes de um projeto da usina de incineração de lixo para implantação em uma das duas cidades. Os petistas apresentarão nos próximos dias o acerto de um termo de cooperação técnica para firmar a parceria. Quando concretizado, será o segundo equipamento da espécie no Grande ABC. Isso porque existe proposta avançada para construção de modelo semelhante em São Bernardo até 2016.

Em evento na Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), ontem, Grana confirmou a união em torno da proposta, que deve beneficiar a longo prazo cinco municípios da região – incluindo São Caetano, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Segundo o chefe do Executivo, o projeto servirá para antecipar o esgotamento do aterro sanitário local. “O espaço (no bairro Cidade São Jorge) tem vida útil de seis a oito anos. Por isso, articulamos alternativa”, considerou, em discurso.

A nova unidade, de acordo com a proposta, é planejada para tentar solucionar o problema regional de destinação de resíduos sólidos. O texto em fase final de formulação passa por fornecer o vapor produzido pela queima de lixo ao Polo Petroquímico, que fica em Mauá. A intenção visa que seja feita PPP (Parceria Público-Privada) para viabilizar a usina. O Grande ABC gera, por mês, 66.523 toneladas de lixo doméstico ao custo de R$ 5,35 milhões pago ao aterro Lara, que é particular.

No encontro com o empresariado, Grana mencionou 17 desafios da gestão petista e elencou a destinação do lixo dentro da lista. Ele já anunciou que não renovará o contrato – vence em dezembro – com a Lara, de Mauá, programando economizar com a medida R$ 12 milhões ao ano a partir de 2014. Atualmente, a Prefeitura gasta R$ 25 milhões com o serviço. A administração andreense prevê encerrar o convênio ao transferir a operação para o aterro próprio, em obras.

Donisete argumentou que o projeto com Santo André agrega “um pouco mais” que o de São Bernardo ao estender o número de cidades favorecidas. O petista de Mauá entregará na semana que vem carta de intenção para Grana, oficializando o interesse no pacto conjunto. “Queremos aperfeiçoar o modelo, buscando resolver esse impasse dentro da administração pública. Receberemos contrapartida na geração do vapor e teremos ganho ambiental.”

Para o gestor mauaense, a tarefa de ambos os Paços é selar o acordo e desenvolver de modo efetivo o projeto ainda na atual gestão. “Temos três anos e meio para avançar (na consolidação da unidade)”, sustentou, ao acrescentar que não há custo nem prazo para lançamento. “Até fim de julho já estará bem definido.” Donisete defende a realização de duas audiências públicas para discussão da proposta.
 




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