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Aidan Ravin defende investigação sobre roubo
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
02/08/2011 | 07:03
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Após um mês e meio, o prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), defendeu que o roubo nas dependências do estacionamento particular da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, na rua Catequese - ocorrido no dia 13 de junho - seja investigado. Por outro lado, o chefe do Executivo avaliou que existe "muita coisa estranha nesta história, que não condiz" e, para esclarecer o caso, ressaltou que o episódio merece ser devidamente direito.

Para o prefeito, hoje em dia ninguém andaria com tanto dinheiro - especula-se que foram R$ 70 mil - sem se resguardar. "Se tivesse realmente esse valor, por que não teria segurança junto para evitar correr um risco desse? Fala-se que (bandidos) entraram e renderam. Pode ser que já vinham acompanhando de outro lugar e quando percebeu que estava sendo seguido acabou entrando no estacionamento."

Um funcionário da empresa Multipark, terceirizada que administra o local, afirmou recentemente que o motorista do automóvel Audi A3 preto revelou que continua R$ 70 mil no porta-malas. Além disso, lembrou que o condutor procurava o titular da Pasta, Alberto Rodrigues Casalinho.

O petebista colocou em xeque o conteúdo da mala preta roubada por dois motoqueiros. "Acho que não houve queixa (boletim de ocorrência). Será que existia mesmo esse valor ou pegou documento? Isso tem de ser esclarecido mesmo."

O Ministério Público ratificou que vai abrir inquérito para investigar assalto, tendo em vista que possui provas. A Promotoria averiguará a origem e destinação do dinheiro. Dois funcionários que trabalham no local confirmaram, em depoimento preliminar dia 28, que os criminosos renderam o motorista e exigiram mala com o dinheiro. Ambos estavam armados: um com revolver calibre 38 e outro carregava pistola niquelada.

Segundo os depoentes, os ladrões avisaram que os funcionários poderiam ficar tranquilos, que o foco era apenas o conteúdo da mala. Porém, eles disseram que não teriam condições de reconhecer o assaltante e nem se foi instaurado inquérito policial para ser apurado o episódio. O carro permaneceu no local, de acordo com os funcionários, por três minutos após o roubo, só que pelo que se recordavam não houve cobrança pela estadia.

De acordo com o MP, os funcionários ficaram de em 10 dias úteis - a partir de 28 de julho - relatar novos fatos. Eles se comprometeram a fazer pesquisa mediante ofício. Além disso, a Promotoria vai pedir ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras dados sobre movimentações financeiras.

Casalinho informou anteriormente que a Secretaria não tinha o porquê se envolver no assunto em razão de o assalto se tratar em estacionamento particular. A Prefeitura paga R$ 100 mil por mês de aluguel pelo prédio onde ocorreu o roubo.

 

Imagens gravadas do incidente foram perdidas

 

A Promotoria solicitou cópias das imagens do assalto do dia 14, mas a empresa Multipark, terceirizada que administra o estacionamento da Secretaria de Obras e Serviços Públicos, alegou que foram perdidas. A justificativa foi de que a capacidade de armazenamento, de 30 dias, se esgotou. O próximo passo do MP vai ser solicitar dados junto à Delegacia Seccional para averiguar se a administradora ou alguém registrou boletim de ocorrência.

Segundo o MP, a apuração é preliminar, uma vez que está reunindo elementos para chegar na identificação da vítima e assaltantes. Os depoentes afirmaram que as motos estavam com as placas encobertas.

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santo André publicou o episódio em seu periódico mensal. O jornal relata que um motorista da Prefeitura foi enquadrado por um dos bandidos com uma arma na barriga. Por conta disso, servidores que atuam na SOSP passaram a se sentir inseguros. Para a Promotoria, os fatos são graves e merecem investigação rigorosa.

Além do Ministério Público, o Legislativo conseguiu aprovar requerimento em que solicita esclarecimentos ao Executivo. Questiona se houve registro de boletim de ocorrência e pede imagens feitas pelas câmeras de monitoramento.




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