Pelo menos 27 outros ficaram feridos, alguns com gravidade, no confronto que começou nesta quarta em Tual, província de Maluku, onde tumultos religiosos mataram este ano mais de 200 pessoas. A maioria das vítimas é de Ambon, a capital provincial. Pouco antes, o coronel Simon Monte, chefe de polícia em Tual, dissera que havia sete mortos e 10 feridos graves.
A agência de notícias oficial Antara informou que duas companhias de tropas foram enviadas para Tual, mas ainda nao conseguiram acalmar os combatentes, que lutam com lanças, flechas e bombas artesanais.
Muitas regioes do país de 210 milhoes de habitantes têm sido palco de conflitos desde a renúncia no ano passado do presidente Suharto, depois de 32 anos de governo autoritário. Os motivos para a violência incluem dificuldades econômicas, tensoes étnicas e divergências sobre o ritmo das reformas políticas. A maioria esmagadora da populaçao da Indonésia é muçulmana, mas em Maluku há um grande número de cristaos.
Monte disse que pelo menos 50 casas foram incendiadas na mais recente violência. Tual fica 2.800 quilômetros a leste de Jacarta, a capital indonésia. A agência Antara, citando Notanubun, chefe de um hospital público, disse que três pessoas foram mortas ontem e cinco outras hoje. Muitos indonésios usam apenas um nome.
Três das vítimas desta quinta foram mortas a flechadas, uma recebeu um golpe de lança e outra um tiro. Nao ficou claro se entre os feridos está um militar que foi ferido com uma flecha e hospitalizado.
Monte disse que entre os mortos desta quarta estao Buce Hehanusa, um pregador cristao, e seu filho Henson. Um oficial da sede militar da capital provincial disse que seus corpos serao enviados de aviao para Ambon, sua cidade natal. "A situaçao em Tual ainda é tensa", disse o oficial, que nao quis ter sua identidade revelada. Os tumultos obrigaram milhares de moradores da cidade a buscar refúgio em instalaçoes militares e policiais.
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