Economia Titulo Caged
Emprego: número de vagas cresce 80%

O Grande ABC registrou no primeiro semestre um ritmo de geração de vagas com carteira assinada mais de três vezes maior do que o observado no País

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
18/07/2008 | 07:01
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O Grande ABC registrou no primeiro semestre um ritmo de geração de vagas com carteira assinada mais de três vezes maior do que o observado no País. Enquanto nos sete municípios, o saldo líquido (contratações menos demissões) de janeiro a junho foi 80% superior ao do mesmo período de 2007, o saldo no Brasil também cresceu, mas em percentual menor (24%).

De acordo com dados do levantamento do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego, a região registrou 25.184 vagas adicionais, frente às 13.944 criadas nos primeiros seis meses do ano passado.

São Bernardo lidera, em número de postos de trabalho formais (com carteira) criados (9.832), 90% mais que as 5.160 de janeiro a junho de 2007. Percentualmente, o destaque foi São Caetano, que passou de um saldo de 260 no semestre inicial de 2007 para 3.100 neste ano.

Os números refletem, segundo o diretor do departamento de Economia do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de São Bernardo, Roberto Giannini, investimentos feitos no complexo automotivo, que se traduziram em geração de postos de trabalho.

NO MÊS
O desempenho também foi expressivo em junho no Grande ABC, quando foram criados 5.242 empregos, 81,64% mais que as 2.886 do mesmo mês do ano passado.

Na análise do Observatório Econômico de Santo André, dois fatores contribuem para os números favoráveis na região: o recorde de vendas de veículos, que têm impulsionado a produção e propiciado investimentos e contratações nas montadoras e indústrias de autopeças, e o período de expansão vivido pelo setor petroquímico local, que se prepara para uma parada de manutenção das instalações.

"Esse resultado se dá devido ao impacto do núcleo duro da economia regional, a indústria automotiva e a petroquímica", afirma o sociólogo do Observatório, Paulo Henrique da Silva,

PERSPECTIVAS
Para Silva, um ritmo tão forte como de Santo André (alta de 165% em junho) não deve se manter por muito tempo. "Mas não vejo reversão desse quadro favorável no médio prazo", disse. Giannini também mostra otimismo, embora ele considere que os números poderiam ser ainda melhores se a carga tributária fosse menor e o câmbio fosse menos desfavorável às exportações.




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