Com 36% do mercado no Grande ABC e uma longa história desde que nasceu em Santo André, a Coop continua a investir nas 22 unidades, sendo 16 em seis das sete cidades que integram a região, sem perder o otimismo e o foco de atender o melhor possível seus cooperados. Para este ano, a pauta de investimentos soma R$ 14 milhões, parte destinada a atualização do departamento de informática e parte voltada para a construção de uma nova unidade em São Bernardo.

A nova loja na região, orçada em R$ 9 milhões, só não será inaugurada este ano devido à burocracia do governo estadual, que emperra a aprovação da planta da obra do novo prédio. É o que afirma o presidente da Coop José Monte. “Se dependesse de nós seria inaugurada em setembro ou outubro. Mas por burocracia do Estado, em relação ao meio ambiente, retardamos o investimento. Não será inaugurada este ano”, diz.

Segundo Monte, a Coop montou um projeto que retiraria as poucas árvores do terreno e as replantaria em outro local – determinado pela prefeitura – com a compensação de mais dez novas mudas para cada transferência. “Praticamente não há diálogo. Em vez de resolver de forma inteligente os nossos problemas para fazer com que possamos criar mais 149 postos de trabalho no Grande ABC e assim gerar mais riquezas, eles parecem não se importar”, conta o presidente da cooperativa. A nova unidade será na rua dos Vianas.

A Coop está atualmente prospectando diversos locais para mais unidades na região, assim como no litoral, que atenderia aos cooperativados que sempre viajam para a praia e o público local. Dentro do plano diretor da empresa, a cooperativa planeja inaugurar de uma a três unidades por ano.

A saída para novos mercados além do Grande ABC ajuda a impulsionar a rede supermercadista e aumenta seu poder de negociação com o incremento do volume de compras. “Não podemos depender apenas de uma região, pois não sabemos como será o dia de amanhã. Há outras com grande potencial no Estado de São Paulo e que podem ajudar a bater as metas do nosso plano estratégico, além de levar a filosofia do cooperativismo”, afirma Monte. No interior paulista são duas lojas em Sorocaba, duas em São José dos Campos, uma em Tatuí e outra em Piracicaba.

Números – Atualmente, a Coop contabiliza quase 1,3 milhão de cooperados, associando cerca de 3 mil novos por mês. No fechamento do último ano, a empresa de varejo atingiu a marca de R$ 1,077 bilhão em fornecimento de produtos. Se esse movimento financeiro for dividido pelo número de caixas das unidades, a cooperativa é a primeira colocada do ranking nacional de faturamento por caixa. Também é a primeira quando relacionada ao número de empregados, que soma 3,7 mil em todas as unidades, além de 880 terceirizados.

Na comparação por metro quadrado de loja, é a sexta colocada e na movimentação financeira bruta é a oitava rede supermercadista do país. Já como cooperativa, é a principal da América Latina.

Um dos negócios de maior orgulho da rede é a farmácia, com 22 lojas que oferecem 7 mil itens. Em 2005, a parte de medicamentos movimentou R$ 2,2 milhões. “Fomos os pioneiros em ter drogaria em supermercado. Só atende cooperativados e busca uma função social, de dar condições melhores de compra de remédios, principalmente para os nossos clientes mais antigos”, explica Monte.

A Coop busca a prestação de serviço como diferencial. Além da drogaria, a empresa tem uma central de panificação em Ribeirão Pires, uma divisão de seguros em parceria com a Aon e os caixas ainda funcionam como correspondentes bancários para o Bradesco, com 150 mil contas atendidas por mês –, o que traz mais conforto para os cooperados, já que eles podem pagar as contas durante as compras.