O prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), se reuniu ontem com o secretário da Casa Civil do Estado, Edson Aparecido (PSDB), para reforçar o pleito de estadualização da gestão do Hospital Radamés Nardini, o principal equipamento público da cidade.

Promessa de campanha de Donisete, a transferência da administração do hospital ao Estado ainda não avançou. Atualmente, o governo estadual transfere R$ 12 milhões ao ano para ajudar a Prefeitura de Mauá no custeio.

“Fui conversar para estreitar com o novo secretariado do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Precisamos de parcerias, porque municípios dependem muito do Estado e da União. Precisamos discutir com o David Uip a organização do Nardini, ver se podem equipar melhor, para transformá-lo em hospital de excelência”, argumentou Donisete, dizendo que o Grande ABC é dependente dos hospitais estaduais Serraria, em Diadema, e Mário Covas, em Santo André, o que sobrecarrega as redes municipal e estadual na região. “Precisamos rediscutir isso”.

Antes do convênio com o governo do Estado, acertado em 2013, o hospital, que é referência no atendimento de urgências e emergências de média complexidade, gerava despesas de R$ 70 milhões por ano ao município e a única ajuda que Mauá recebia era a do governo federal, com R$ 4 milhões anuais.

Além da verba de custeio, o governo Alckmin transferiu R$ 6,5 milhões para reforma na estrutura do PS (Pronto-Socorro) do complexo hospitalar. Até este ano, o Hospital Radamés Nardini era administrado pela FUABC (Fundação do ABC).