O presidente croata, Stipe Mesic, e os três membros da presidência tripartite da Bósnia-Herzegovina se comprometeram neste sábado a trabalhar em favor da manutenção da paz nos Balcãs e a encarar a "verdade" sobre os conflitos que afetaram a região nos anos 90.
"Queremos colocar nossa energia e esforço a serviço da manutenção da paz e do progresso, pelo bem de nosso país e de nossos cidadãos", disse Mesic ao lado dos membros da presidência bósnia, o sérvio-bósnio Nebojsa Radmanovic, o bósnio-croata Zeljko Komsic e o bósnio muçulmano Haris Silajdzic.
"Para não sofrer de novo as trágicas e traumáticas experiências do passado, devemos encarar com coragem a verdade, sobretudo o que aconteceu durante os conflitos na Croácia (1991-1995) e Bósnia (1992-1995)", acrescentaram em uma declaração conjunta após uma reunião em Zagreb.
A declaração foi divulgado cinco dias depois da decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) segundo a qual a Sérvia não organizou um genocídio na Bósnia durante a guerra de 1992-95, mas não fez nada para impedir o massacre de Srebrenica, o único episódio deste conflito qualificado de genocídio.
Em julho de 1995, 8.000 muçulmanos foram assassinados em Srebrenica (leste da Bósnia-Herzegovina) por forças sérvio-bósnias.
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