Na opiniao do dirigente, a inflaçao está tendo um ímpeto menor do que se esperava para o período posterior à crise cambial. Ele acredita que o preço da cesta básica de março deverá registrar queda em termos nominais, embora ele nao tenha apresentado números indicativos dessa tendência. Boris Tabacof disse ainda que a economia brasileira passará por um momento de tranqüilidade nos próximos meses. Segundo ele, haverá uma espécie de trégua, mas isso nao significa que a Fiesp deixará de lutar pelas suas bandeiras, entre elas, a queda da taxa de juros.
De acordo com Tabacof, o setor industrial espera uma volta gradual do crédito, principalmente no comércio, e o retorno do Brasil ao mercado internacional de papéis. Ele acredita que os banqueiros e os investidores internacionais estao voltando gradativamente a confiar no Brasil, mas acha que tudo depende de uma combinaçao de fatores. "Tudo tem a ver com os resultados do acordo com o FMI, com as medidas fiscais e o equilíbrio das contas públicas."
Para Tabacof, a pressao sofrida atualmente pelo país nao está mais relacionada diretamente à fuga de capitais, mas ao pagamento das dívidas. Ele alertou, porém, que as metas fixadas pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) em outras oportunidades nunca foram cumpridas. Pelos seus cálculos, 22% do PIB (Produto Interno Bruto) estao comprometidos com pagamento de pessoal e previdência e 7%, com os juros da dívida.
Tabacof disse também que o Cosec aprova a atual política cambial, mas defende a busca de alternativas à flutuaçao livre. "Nao temos nenhuma proposta a apresentar, mas está aberta uma discussao de como deve ser o sistema de câmbio do país."
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