Mais três indústrias do Grupo 9 da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – máquinas, eletroeletrônicos e metalurgia tradicional) de São Bernardo e Diadema aderiram ao acordo com os metalúrgicos, de reposição de 4,66% da inflação e aumento real a partir de 3%. Os repasses são as principais reivindicações da campanha salarial da categoria.

Fecharam acordos a JMB – fabricante de tubos de refrigeração usados nas plataformas petrolíferas –, de São Bernardo, a Casa Moeda (ferramentaria) e Vagner Lenar (máquinas), ambas em Diadema. As empresas contam com 120, 90 e 80 funcionários, respectivamente.

Com a adesão dessas fábricas, o número de empresas que atenderam às exigências da categoria subiu para 27, de um total de cerca de 100 do segmento na região. São mais de 6,5 mil dos 23,5 mil trabalhadores do setor nos dois municípios beneficiados.

Segundo o diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (ligado à CUT), José Paulo da Silva Nogueira, a Vagner Lenar concedeu um aumento real superior ao esperado pela categoria, de 3,5%. "Isso prova que é possível o Grupo 9 atender às nossas reivindicações. As próprias empresas sinalizam isso com essa iniciativa."

O fechamento de acordo por empresa faz parte da mudança da estratégia do sindicato, que agora negocia individualmente com as fábricas. O motivo é o impasse nas negociações junto ao Grupo 9. Esse segmento vai oferecer um reajuste de 7,25% – 4,78% de reposição e 2,47% de aumento real.

A proposta será apresentada nesta quarta-feira, durante reunião entre o grupo e a FEM (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) – ao qual está subordinado o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Os índices já foram aceitos pelos metalúrgicos do setor em Campinas, Limeira e São José dos Campos.

Força Sindical – Mais de 31 mil metalúrgicos ligados à Força Sindical paralisaram terça-feira por duas horas um total de 60 empresas da Capital, dentro da campanha salarial da categoria, cuja data-base é em 1º de novembro. A ação faz parte do calendário de mobilização, aprovado pelos 51 sindicatos filiados à essa central sindical. Os metalúrgicos da Força Sindical reivindicam um reajuste total de 14%, que inclui a reposição da inflação do período e aumento real de salários.