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Consumidor da região gasta mais com alimentação
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
10/05/2011 | 07:30
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Os moradores do Grande ABC devem gastar mais com alimentação neste ano do que a média do Sudeste e a nacional. Serão desembolsados cerca de R$ 1.464 tanto com comida fora de casa quanto com itens destinados ao preparo de pratos dentro dos domicílios.

Os habitantes de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro vão gastar, aproximadamente, R$ 1.313 com produtos alimentícios neste ano. Enquanto isso, a média nacional é de R$ 1.178,31.

Os dados fazem parte de cruzamento de informações da Pesquisa Socioeconômica do Inpes/USCS (Instituto de Pesquisas da Universidade Municipal de São Caetano) com informações da ferramenta de potencial de mercado Pyxis Consumo, do Ibope.

Conforme a pesquisa do Inpes/USCS, o gasto médio mensal das famílias com alimentos, em fevereiro, era de R$ 421. Portanto, no ano, o total seria de R$ 5.052.

Porém, de acordo com o coordenador do Inpes/USCS, Leandro Prearo, cada domicílio da região tem em média 3,45 pessoas. Consequentemente, o desembolso médio anual per capta com alimentação é de R$ 1.464.

Para Prearo, o gasto superior do Grande ABC em relação à média do Sudeste e à nacional ocorre devido a um conjunto de fatores. "O custo de vida na região é mais alto do que a média nacional e do Sudeste. Isso porque a renda das famílias do Grande ABC é mais alta do que em outras regiões", explicou.

Prearo avaliou que a alimentação fora de casa contribui para que a região gaste mais. "É até uma questão cultural. No interior, por exemplo, as pessoas comem mais em seus domicílios."

Outra diferença que ocorre no Grande ABC em relação à média das regiões é a diversidade de produtos. Como o consumidor tem mais opções, ele acaba gastando mais com itens diferenciados. "E, neste caso, o mix de produtos que você encontra no Interior, por exemplo, é bem menor", explicou Prearo.

POTENCIAL - De acordo com o Ibope, o desembolso médio nacional com alimentos atingirá R$ 191,98 bilhões.

Os brasileiros gastarão mais com carnes, aves e produtos derivados. A projeção do Ibope é que atinjam R$ 62,6 bilhões neste ano. Assim, o gasto per capta nacional ficará em R$ 384,75.

Logo atrás ficarão os produtos de mercearia, como bebidas, condimentos e temperos. Esse segmento responderá por R$ 43,2 bilhões no ano. O gasto por habitante será de, aproximadamente, R$ 265,67. E cada pessoa gastará, em média, R$ 178,3 com alimentos matinais.

 

Carnes representam um terço do total de potencial de consumo

De acordo com o diretor de atendimento e planejamento do Ibope, Antonio Carlos Ruótolo, as carnes, as aves e os derivados representam quase um terço do potencial de consumo do brasileiro neste ano, pois eles têm maior valor agregado do que os demais alimentos.

Ele acrescenta que a cultura brasileira de comer muita carne incentiva o maior gasto com esse grupo. Serão R$ 62 bilhões dos R$ 191 bilhões de potencial de consumo para este ano.

CLASSES - Entre os 50 milhões de domicílios no País, a classe C responde por 25 milhões. E é dona da maior parte do potencial de consumo total de alimentos neste ano, de aproximadamente R$ 87 bilhões.

Em seguida, figuram a classe B, com potencial de R$ 67 bilhões, e o grupo das classes D e E, cuja projeção é de R$ 23 bilhões. Por fim, a classe A, com 1,2 milhão de domicílios, apresenta potencial de consumir R$ 13,8 bilhões.




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