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Schäuble descarta opção de desconto para dívida da Grécia
16/07/2015 | 05:24
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O ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, levantou dúvidas hoje sobre o futuro da Grécia na zona do euro ao declarar que muitos economistas acreditam que o país precisa receber um desconto sobre sua dívida, algo que ele afirma não ser legalmente possível enquanto Atenas fizer parte do bloco.

Schäuble, a autoridade mais influente do governo da chanceler Angela Merkel, também enfatizou, por outro lado, que os integrantes da zona do euro têm o dever de começar a negociar com a Grécia sobre os termos do novo pacote de resgate anunciado no começo da semana, desde que Atenas cumpra as condições com as quais se comprometeu.

O ministro alemão, que falou à rádio Deutschlandfunk, indicou ainda acreditar que uma saída temporária da Grécia da zona do euro, proposta que ele fez no último fim de semana, poderia ser a melhor opção para os gregos. "Talvez, seria o melhor caminho para a Grécia", disse.

Schäuble também notou que situação da Grécia é "extraordinariamente difícil", em vista da dívida já elevada do país e da necessidade de um novo pacote de ajuda.

"Eu não sei, ninguém sabe no momento como isso será possível sem um desconto (na dívida grega). E todo mundo sabe que um desconto é incompatível com a filiação à união monetária", disse Schäuble. "Mas vamos nos engajar nas negociações (sobre um terceiro pacote), faremos todos os esforços, mas devemos respeitar as regras", acrescentou.

O desconto, que em inglês é conhecido pelo termo "haircut", envolveria uma diminuição no valor de face de bônus do governo grego. Em várias ocasiões, o Fundo Monetário Internacional (FMI) defendeu um alívio adicional para a dívida da Grécia, de maneira a torná-la mais sustentável.

Schäuble também comentou que a aprovação pelo Parlamento grego, ontem à noite, das medidas de austeridade que balizam o pacote de resgate foi um importante passo. As medidas incluem cortes de gastos e aumentos de impostos.

Na última segunda-feira, líderes da zona do euro concordaram em fornecer at 86 bilhões de euros (US$ 94,5 bilhões) em novos empréstimos para a Grécia, sob a condição de que Atenas implemente uma série de amplas reformas. Fonte: Dow Jones Newswires.




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