"Aqui não tem baixaria. Quem vem já se conhece ou aparece com alguém do bairro", diz a vendedora Fátima de Freitas. Ela e a amiga Lilian Chialastri, que também mora na zona norte, acompanham o Urubó desde o início do grupo, em 2010. As duas pretendem voltar aos outros ensaios que precedem o desfile oficial dos Urubus no sábado e domingo de Carnaval.
"Gente, cuidado para não esquecer lata de cerveja jogada em frente às casas", bradava no microfone um dos integrantes. A limpeza do entorno e a manutenção do sossego são algumas das principais preocupações do grupo, diz Fernando Regatieri, que integra a bateria.
"Se alguma criança se perde, a música para até que a gente encontre. Se começa uma briga também. Não voltamos a tocar até que a confusão pare. O bloco foi criado por moradores e é para todo mundo se divertir", diz Regatieri.
A trilha sonora, que privilegia as marchinhas antigas, também é um dos atrativos para quem prefere um carnaval mais tradicional. O grupo promove um resgate dos hit clássicos e faz versões para músicas novas. "Quem vem aqui normalmente não quer ouvir Anitta", ria o empresário Sérgio Riba, que veio ao bloco trazido por amigos.
Outros blocos também começaram suas temporadas carnavalescas neste fim de semana. O Ilú Obá de Min ensaiou no Vale do Anhagabaú e o Minhoqueens fez esquenta na Treze de Maio, ambos no centro da capital.
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