Diversificar a linha de produtos e os mercados de atuação é a estratégia da Carbono Química, segunda maior distribuidora de solventes do País, para manter seu ritmo de crescimento. A empresa registrou R$ 167 milhões de faturamento no ano passado, 15% mais que em 2006, e espera repetir esse ritmo de expansão neste ano.

Fundada há 30 anos, a companhia, sediada em São Bernardo, está investindo atualmente US$ 2,7 milhões em duas frentes: US$ 1,2 milhão na ampliação da unidade Ribeirão Preto e US$ 1,5 milhão na troca de sistemas de gestão para aprimorar o controle dos processos, elevar a produtividade e otimizar a logística.

Para a ampliação no Interior, a empresa passou de uma área de 3.000 metros quadrados para 17 mil metros quadrados, com capacidade de tancagem de 150 metros cúbicos e armazém para estoque de produtos secos. "Adquirimos uma base de operações que pertencia à Shell e vamos adequar até o final do ano", afirmou o diretor de negócios e inteligência corporativa, Rodrigo João Gabriel.

A intenção é aproveitar o bom momento do setor sucroalcooleiro, para o qual a empresa fornece insumos, utilizados no processo de produção do álcool combustível (por exemplo, o corante laranja adicionado ao produto e que é obrigatório para a venda nos postos).

Com a expansão nesse nicho de mercado, a meta da empresa é que Ribeirão Preto passe a responder por 20% do faturamento - frente aos 15% atuais - no ano que vem. A meta da empresa é superar os R$ 200 milhões em vendas totais a partir de 2009.

Tintas - O carro-chefe, no entanto, são os solventes e outros insumos destinados ao setor de tintas e vernizes, responsável por 55% das vendas totais. A empresa, que tem na sede 25 mil metros cúbicos de tanques, fornece para indústrias como a Akzo Nobel, Luxcolor, Basf, Sherwin Williams, Tintas Futura e Universo.

A distribuidora tem ainda outra filial, em Campina Grande do Sul (Grande Curitiba), com mais 250 metros cúbicos de tanques, que dá suporte para as operações no Sul do País. Gabriel destaca que as diferentes bases de operações permitem diversificar a atuação em termos geográficos e atender nichos diferenciados, de acordo com as características da economia local. No Paraná, o forte é o atendimento aos setores de tintas de madeira e curtumes.

Origem - A diversificação faz parte da história da Carbono. Fundada em 1978, a empresa foi adquirida em 1989 por Alfredo Miraglia e sua filha Vera Gabriel. O empresário já havia criado, em 1965, a Dipel, que se tornou uma das principais distribuidoras de óleo diesel e lubrificantes. No ano passado, o grupo expandiu sua atuação, ao constituir a Carbono Engenharia, responsável pelo desenvolvimento de componentes para a fabricação de produtos químicos e a identificação de novos fornecedores.