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Colocamos lado a lado em confronto a Nissan Frontier
e a nova Toyota Hilux, ambas com tração 4x4 de série

Vagner Aquino
Do Diário do Grande ABC
14/12/2011 | 07:00
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Há muitos que ainda insistem em chamá-las de caminhonetes - herança da época em que modelos como os grandes (e saudosos) Ford F100 e Chevrolet D-20, entre outros, desfilavam sua aparência de pequenos caminhões pelas ruas brasileiras. Mas, apesar da robustez, os modelos que você vê nesta página são especificados no mercado como picapes médias, segmento que, em breve, terá modelos com alterações bem significativas, como Ford Ranger e Chevrolet S10.

Porém, enquanto isso não ocorre, colocamos em confronto a renovada Toyota Hilux (versão topo de linha) e a Nissan Frontier, LE 4x4 AT, que custam, respectivamente, R$ 141.920 e R$ 122.890.

Elas têm semelhanças, como a origem japonesa, o porte - são 5,25 metros de comprimento na Hilux, contra 5,23 metros da picape da Nissan - e a capacidade de carga - 1.030 quilos na Frontier e 1.000 quilos na Toyota.

O modelo 2012 do exemplar da Toyota (lançado há pouco mais de um mês) traz novos faróis, grade, capô do motor, para-choques, lanternas, para-lamas e desenho das rodas de 17 polegadas - tamanho disponível somente na versão avaliada, a SRV automática Top.

Vista de fora, há quem diga que a picape abandonou o aspecto parrudo da geração anterior e ganhou ares um tanto quanto sofisticados. Aqui, ponto para a Frontier, que, apesar de chamar menos atenção nas ruas, tem contornos mais condizentes com a proposta de picape média. Destaque para o rack de teto, indisponível no modelo da Toyota.

Mas na cabine a história é outra e, mesmo abusando do plástico no painel (é mais sensível ao toque na Frontier) a picape da Toyota ganhou em funcionalidade. O maior exemplo é a tela touch screen de 6,1 polegadas que comanda o entretenimento e exibe as imagens captadas pela câmera de ré - que fica na tampa da caçamba.

Na Frontier, não há nenhum tipo de auxílio, manobrar é realmente um desafio. Sem contar que o modelo fica devendo em outros equipamentos, como assistência de frenagem em emergência, comandos do som no volante, entrada USB e bluetooth, itens de série na Toyota.

De resto, ambas vêm bastante recheadas, com bancos revestidos em couro, trio elétrico, air bag duplo, ar-condicionado, freios ABS com distribuição da força de frenagem, controlador de velocidade e tração integral 4x4 com reduzida. Acionada através da caixa de transferência na Hilux e por botão giratório na Nissan.

 

Surpresas no momento da condução

 

Quando se fala em picape média, o público pensa naquele veículo pesadão, com volante duro e que a sair do lugar. Mas na prática, a situação é outra.

Claro, é impossível dizer que a condução é como nos sedãs de luxo, mas há, sim, certa dose de conforto a bordo.

Acomodados em mais de três metros de entre-eixos, os cinco ocupantes de ambas as picapes (cabine dupla) viajam com tranquilidade.

Mas a estabilidade é melhor na Hilux, que gruda no chão no momento de contornar as curvas. Na Frontier, são constantes as cantadas de pneu, mesmo em velocidades mais baixas.

Movida a diesel, a Hilux conta com o bloco 3.0 16V Turbo Intercooler para se mover. São 163 cv e 35 mkgf de torque máximo. Apesar de menor, o motor 2.5 da Frontier gera 172 cv e 41,1 mkgf de torque, também alimentado com diesel. Ainda assim, perde para a rival nas arrancadas e retomadas de velocidade. Ambas trazem câmbio automático - quatro velocidades na Hilux e cinco na adversária.

 

VEREDICTO

Mesmo com preço mais alto, a Toyota Hilux ganha este comparativo por reunir atributos como maior lista de equipamentos, melhor disposição durante arrancadas e retomadas, além de mais estabilidade em curvas. Para os fãs do modelo da Nissan, vale destacar o  design e a qualidade do acabamento interior.




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