Economia Titulo Por R$ 290 mil
Câmara de Mauá decide reformar telhado de novo

Legislativo alega necessidade de reforma por causa de vazamentos na estrutura

Junior Carvalho
do Diário do Grande ABC
11/05/2020 | 07:01
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A Câmara de Mauá, presidida por Vanderley Cavalcante da Silva, o Neycar (SD), contratou a empresa O.A.F. Projetos e Obras Ltda, por R$ 290,1 mil, para executar obras no telhado da sede da casa para captação de água da chuva. O acordo foi assinado por meio de carta-convite, ou seja, sem licitação, e ocorre à revelia das medidas financeiras adotadas por agentes públicos para concentrar despesas no enfrentamento da pandemia de Covid-19.

Publicado no Diário Oficial, o contrato com a firma, com sede em Mauá, não registra detalhes das intervenções, mas apenas a minuta do acordo. Ao Diário, o Legislativo mauaense alegou que a reforma já estava programada “tendo em vista que a casa vinha apresentando vazamento em sua estrutura”. A direção da Câmara de Mauá informou que, justamente por causa da pandemia, antecipou a devolução de recursos ao Paço, na ordem de R$ 900 mil, oriundos dos repasses feitos pelo Executivo, para auxílio no combate à doença na cidade.

Em fevereiro, o Diário mostrou que a Câmara de Mauá provisionou R$ 700 mil para custear reformas no prédio da casa durante o atual exercício. O volume representa 2% do total do orçamento original do Legislativo, que pode ficar comprometido justamente por conta do estorno de parte do duodécimo ao governo do prefeito Atila Jacomussi (PSB).

O novo contrato para reforma do telhado ocorre cinco anos depois de a casa despender recursos para esse mesmo tipo de intervenção. Em 2015, quando a Câmara mauaense era presidida pelo vereador Marcelo Oliveira (PT), foram gastos R$ 115,4 mil para trocar o telhado do edifício. O contrato foi assinado com a Nisag Construções e Negócios.

Mais recentemente, em 2018, a sede do parlamento passou por obras que visavam a construção de entrada de pedestres no hall de entrada da sede do Legislativo, com acesso à Avenida João Ramalho. O acordo também foi assinado sem licitação e por meio de carta-convite. Na época, a casa era presidida por Admir Jacomussi (PRP).  




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