O que desperta o interesse dos jovens? Todo adolescente é alienado? Algumas respostas para essas amplas e complexas questões foram oferecidas por jovens entrevistados pela reportagem. Eles falaram um pouco sobre suas preferências e projetos de vida.

Estudante do curso de Desenho do projeto Juventude Cidadã, de São Bernardo, Fábio Mendes de Souza, 20 anos, é da tribo dos headbangers e, assim como o irmão, Leandro, 22, curte ouvir o som pesado de bandas de heavy metal.

Fábio também faz desenhos inspirados em filmes de terror, típicos da estética do gênero musical. Sobre as opções de lazer na região, ele não se mostra muito animado. “Para a galerinha mais descolada tem, mas não tem para um cara ‘podrão’ que nem eu”.

A auxiliar de compras Rebeca Gouveia, 21, freqüenta os barzinhos da rua das Figueiras, em Santo André. Estudante de Farmácia, ela pretende se dedicar ao desenvolvimento de medicamentos, depois que concluir o curso.

Rebeca não tem o hábito da leitura de jornais e prefere se informar pela internet. Política é outro assunto que não lhe agrada. “Ultimamente, tenho votado nulo. Se você não confia no candidato, acho melhor anular”. Ela espera fazer no fim deste ano sua primeira viagem internacional para os Estados Unidos ou o Canadá.

O auxiliar de processo industrial Rafael Fernandes, 21, não gosta muito de badalar. Prefere participar de rodas de violão com amigos. Ele também é muito ligado no mundo virtual. No futuro, quer trabalhar como tradutor e intérprete.

Vestida com uma bata e adereços típicos da cultura hippie, a estudante do segundo ano do Ensino Médio, Nicole Bevilaqua, 16, garante que não se enquadra em nenhum rótulo. “Sou meio eclética. Não tenho como me definir”. Muito interessada nos assuntos políticos, irá votar pela primeira vez neste ano. “Ainda não defini meu candidato. Só sei que não votar nulo porque gostaria de dar a minha opinião. Quando você anula seu voto está anulando seu direito de dar opinião”.