A OMS afirmou no mês passado que duas irmãs mortas em Hanói em 23 de janeiro poderiam ter sido infectadas pelo vírus H5N1 por seu irmão, que também morreu. A hipótese desatou temores de uma mutação do vírus, e de um risco maior de contágio entre os seres humanos pela epizootia que já causou a morte de 18 pessoas no Vietnã e na Tailândia, e afetou dez países asiáticos.
As análises realizadas posteriormente em Hong Kong não detectaram a presença de genes humanos nas mostras do vírus extraídas das vítimas.
Isso significa que o H5N1 "não evoluiu para uma forma facilmente transmissível de uma pessoa à outra", segundo um comunicado publicado no site internet da OMS. A agência também destacou que a gripe do frango não se transmitiu a qualquer pessoa que esteve em contato com os doentes, família, vizinhos ou médicos.
A OMS avisou recentemente que milhões de pessoas poderiam morrer em todo o mundo se o vírus da gripe do frango se combinasse com o da gripe comum, circunstância que aliaria a virulência do primeiro à facilidade de contágio do segundo.
A representante da OMS no Vietnã, Pascale Brudon, declarou neste domingo que apesar de o vírus não ter evoluído, novos contágios eram inevitáveis entre a população.
"Não há uma aceleração enorme do número de casos, mas podemos esperar novos contágios em diferentes partes do país", avisou, exortando o governo a continuar lutando contra a epizootia que afeta 57 das 64 províncias do Vietnã.
O Vietnã é o país mais afetado pela gripe de frango, com 13 mortos num total de 17 casos confirmados.
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