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Comércio registra aumento das vendas em novembro em SP
17/11/2005 | 00:04
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As vendas no comércio varejista da capital paulista apresentaram crescimento na primeira quinzena de novembro, ante o mesmo período de 2004. Dados divulgados quarta-feira pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo) apontam que as consultas ao SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), que indica as negociações a prazo, aumentaram 3,7%, enquanto as consultas ao Usecheque, que indica as vendas à vista, subiram 6,4%. Em relação aos primeiros 15 dias de outubro, foram verificados comportamentos distintos, com queda de 9,8% e ligeira alta de 1,9%, respectivamente.

O uso do cheque foi "fortemente intensificado" na primeira quinzena por conta das vendas dos bens de menor valor, segundo a ACSP. "O feriado prolongado afetou o movimento das lojas que vendem bens de maior valor, mas favoreceu o comércio das ruas tradicionais, conforme demonstra o aumento nas consultas dos cheques. Devemos lembrar também que, em novembro, tivemos um dia útil a menos em relação a outubro e que, no mês passado, tivemos o Dia da Criança", diz o comunicado do presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos. Segundo ele, os indicadores demonstraram a desaceleração das vendas dos bens de maior valor - produtos que dependem em maior grau do crediário.

Para o encerramento de 2005, porém, a ACSP mantém projeções de crescimento ante o resultado do ano passado. "Nossa estimativa continua sendo de que as vendas neste fim de ano cresçam 4% sobre 2004 e, ao que tudo indica, baseadas nas vendas dos bens de menor valor."

A inadimplência no comércio paulistano apresentou comportamento de alta na primeira quinzena do mês. A quantidade de registros recebidos no SCPC cresceu 11,5% sobre o mesmo período de 2004, e 3,4% ante a primeira quinzena de outubro de 2005.

Na pesquisa de registros cancelados, na qual se verifica quando consumidor retira seu nome da lista de inadimplentes, foram constatados aumento de 1,3% e queda de 7,9%, respectivamente, nos mesmos períodos de comparação.

Consórcio - Não é apenas o Natal que o varejo está antecipando. Na corrida para garantir a sua fatia no bolso do consumidor, as lojas já pensam no Dia das Mães, que ocorre daqui há seis meses. O Ponto Frio, vice-líder em vendas no setor de eletroeletrônicos e móveis, iniciou quarta-feira uma campanha para vender kits de produtos para a data por meio de um consórcio.

"O momento de venda do consórcio é muito diferente do da loja", afirma o gerente Nacional de Consórcio e Serviços do Ponto Frio, João Valjean. A intenção é que o consumidor comece a programar agora o que vai gastar no Dia das Mães. O consórcio vende kits formados por eletroportáteis que somam cerca de R$ 300. Os conjuntos são financiados em 12 vezes, com taxa de 0,80% ao mês, que é o custo de administração.

Valjean argumenta que a antecedência faz parte do mecanismo do consórcio, que se compromete a entregar os kits em até seis meses depois da data da compra, período que coincide com o Dia das Mães.

"Já estamos programando para março a venda do consórcio para o Dia dos Pais, que ocorre no segundo domingo de agosto", afirmou. Ele conta que o consórcio para a venda de itens de imagem para a Copa do Mundo de 2006 foi vendido em maio deste ano. O desempenho, segundo Valjean, foi favorável, com a venda de mais de 1,5 mil cotas.



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