O grupo farmacêutico americano Merck, que teve vendas de 2,5 bilhões de dólares com o Vioxx em 2003, decidiu retirá-lo do mercado mundial em setembro passado devido a um estudo que mostra um aumento dos riscos de acidentes cardiovasculares e de crise cardíaca nos pacientes depois de 18 meses de tratamento.
Mas, de acordo com o estudo difundido pela Lancet em seu site esta sexta-feira, "os dados mostram um aumento dos riscos de infarto do miocárdio depois de alguns meses de tratamento, e que esse risco é independente da dose".
O antiinflamatório Vioxx é prescrito fundamentalmente para tratar problemas reumáticos como a artrose.
"Não é certo que a Merck sobreviva a este crescente escândalo", afirma Richard Horton, chefe de redação da Lancet. Horton afirma que Merck e a agência americana responsável pelos medicamentos, a Food and Drug Administration (FDA), agiram de forma irresponsável.
No início de novembro, a FDA considerou que o Vioxx aparentemente provocou nos Estados Unidos 27.785 infartos do miocárdio e mortes por crise cardíaca entre 1999 e 2003.
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