Segundo os promotores, um grupo de policiais militares à paisana escoltavam a carga de cigarro falso na chegada a São Paulo. Ao mesmo tempo, policiais civis e federais cuidavam da proteção pessoal do contrabandista e dos depósitos onde a carga era armazenada.
Entre mais de 100 policiais que trabalhavam para o contrabandista em São Paulo, 20 deles são do 10º Distrito Policial, na Zona Leste. Os investigadores José Norberto dos Santos, o Português, e Jean Wagner Cabral estão envolvidos nas acusações. Em entrevista à Rede Globo, no entanto, eles negaram as acusações e afirmam não conhecer Lobão.
O procurador Guilherme Schelb, que investiga o caso, disse que não tem conhecimento de outra denúncia que envolva tantos funcionários públicos integrados com o crime organizado.
Investigações — O secretário estadual da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, prometeu que a corregedoria da polícia será “intolerante” na investigação do caso e disse usará a “via rápida” para demitir o mais breve possível os policiais envolvidos em corrupção.
O secretário destacou que já foram demitidos em São Paulo, até julho deste ano, 528 policiais acusados de crimes e corrupção. Ele negou que o estado não esteja atento à corrupção, argumentando que 1,2 mil policiais estão sendo investigados atualmente.
A Polícia Federal, por sua vez, disse que vai apurar com rigor as denúncias. “Daremos todo o rigor necessário nessas apurações. O fato de serem policiais apenas nos sinaliza que devemos ter um cuidado redobrado para que a nossa instituição esteja livre desses maus elementos”, afirmou o diretor geral do Departamento de Polícia Federal, delegado Paulo Lacerda.
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