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ABC atrai US$ 1,13 bi em 2000
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
17/03/2001 | 16:55
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O Grande ABC registrou entre janeiro e novembro do ano passado US$ 1,13 bilhão de investimentos anunciados por empresas privadas, com os quais mantém-se como um dos principais pólos de atração de recursos no Estado. Ficou em quarto lugar, atrás das regiões Metropolitana, de Campinas e de São José dos Campos, de acordo com pesquisa realizada pela Fundação Sistema Estadual de Análises de Dados (Seade).

São Bernardo foi o município que mais atraiu investimentos entre as sete cidades. Obteve US$ 498,36 milhões. Foi seguido de perto por Santo André, que recebeu US$ 427,29 milhões. Mauá, Diadema e São Caetano. Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não aparecem na pesquisa, o que indica que não receberam anúncios de implementações, modernizações ou ampliações no período.

O estudo indica ainda que, por atividades, as que mais se destacaram no Estado foram o segmento automobilístico, com 21,35% do total anunciado, um ramo da área de serviços, as telecomunicações, com 17,67%, e depois, dois segmentos industriais: de eletricidade (10,96%) e de produtos químicos (6,35%).

No Grande ABC, o setor automobilístico também tem a liderança, embora os segmentos químicos e de eletricidade e o varejo também tenham marcado presença. “As indústrias automotivas ainda são o principal sustentáculo da nossa economia”, disse o prefeito Maurício Soares, de São Bernardo. Segundo ele, as modernizações das empresas automotivas têm um lado positivo, ao mostrar que elas querem ficar aqui, mas assusta, já que elas vêm necessitando de menos emprego. “É uma equação que temos de resolver.”

Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de Santo André, Nadia Somekh, os dados mostram que o município continua atrativo para as indústrias. “A cidade continua fortemente industrial. Mas vem atraindo também empreendimentos em serviços e comércio, como a construção do Global Shopping e um hotel Ibis.

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Mauá, Paulo Eugênio Pereira Junior, também observa esse cenário no município. “Há uma tendência de manutenção das empresas já instaladas. Esse é um ponto, o outro é a diversidade que a região começa a apresentar.” Mauá (US$ 163,17 milhões) também teve o anúncio de construção de um shopping, o Mauá Plaza.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Diadema, Sérgio Miyazawa, os US$ 24,52 milhões são “algo normal para uma cidade que é puramente industrial”. Em São Caetano, o investimento foi um pouco menor: US$ 17,58 milhões. O presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura, André Beer, destacou que o município não possui grandes áreas disponíveis – tem apenas 15 km² –, reduzindo a oportunidade de investimentos de grandes indústrias.




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