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Para Oswaldo, Vanessa é do grupo do pai
Mark Ribeiro
do Diário do Grande ABC
19/09/2011 | 07:13
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Arquivo/DGABC


Em projeção sobre a eleição de 2012, quando tentará se manter no comando do Paço por mais quatro anos, o prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), indicou que a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) deverá ser a sua principal adversária no pleito. Para embasar a tese, o petista se apegou aos fatos históricos, e afirmou que a parlamentar pertence ao grupo político do pai, o ex-prefeito por dois mandatos (1983 a 1988 e 2005 a 2008) Leonel Damo.

A ligação tem sido sistematicamente rejeitada por Vanessa, que em diversas entrevistas declarou admirar o pai, mas sempre fazendo questão de se desvencilhar do grupo político de Damo, que contou, entre outros, com o ex-prefeito José Carlos Grecco - os ex-chefes do Executivo, adversários históricos do PT, deixaram o Paço em baixa com o eleitorado.

"A Vanessa é deste grupo e representa o Leonel", declarou Oswaldo. O chefe do Executivo ainda reconheceu o potencial da candidatura da deputada, sempre a ligando ao bloco do pai. "Quer queira, quer não, pela história do Leonel, este grupo tem sua força. A tendência é a Vanessa absorver isso."

A parlamentar foi a única citada pelo petista quando questionado sobre o panorama eleitoral para 2012. Oswaldo se esquivou de comentar o racha da oposição, que planeja lançar até cinco chapas ao Paço. Além de Vanessa, pleiteiam candidaturas os ex-prefeituráveis Chiquinho do Zaíra (PTdoB) e Paulo Bio (PV), e os vereadores Atila Jacomussi (ingressando no PPS), Edimar da Reciclagem (PSDB) e Irmão Ozelito (se filiando ao PTB) - os dois últimos com acordo de caminharem juntos.

Apoiado - O secretário de Governo de Mauá, José Luiz Cassimiro (PT), compartilha das projeções de Oswaldo. Para ele, não é o PT quem liga Vanessa ao arco de apoiadores do pai, mas a história política da cidade.

"A Vanessa não será associada a este grupo. Ela é deste grupo. Não vamos falar ‘olha, estamos associando a Vanessa ao Leonel'. Não é estratégia nossa, mas os fatos", avalia ao fazer comparação para ilustrar a situação. "Eu, historicamente, sou do grupo do Oswaldo. A Vanessa, é do Leonel e do Grecco."

Campanha - Oswaldo Dias antecipou o tom que pretende empregar durante a sua campanha para a reeleição. De olho no segundo turno, o prefeito descarta, pelo menos por enquanto, partir para ataques pessoais.

"Pela experiência que tenho, muito enfrentamento tende a ser prejudicial em eventual segundo turno. Como vamos compor com alguém que atacamos no primeiro turno? Até fecha a aliança por cima (com partidos derrotados na primeira rodada de votação) mas com o eleitor não."

Assim, o prefeito projeta campanha propositiva e comparativa, mostrando os feitos do governo atual e os da administração passada. E terá em Cassimiro, seu homem-forte, um porta-voz.

"A população assistiu ao que foi o governo do Leonel, que não entregou nenhum equipamento público e deixou R$ 217 milhões de restos a pagar, e assiste ao empenho do governo Oswaldo Dias em recuperar o desenvolvimento e aumentar a auto-estima da população", conclui o secretário.




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