Cerca de 1,6 milhão de pessoas trabalham como empregadas domésticas nas seis maiores regiões metropolitanas do país, segundo estudo divulgado nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Deste total, aproximadamente 30%, ou 544 mil, têm carteira assinada.

A pesquisa aponta que as mulheres ainda são a maioria entre a classe. Também mostrou que o rendimento da empregada doméstica representa apenas 35% do que é recebido por um trabalhador comum e quase 30% da categoria ainda recebe menos de um salário mínimo.

O nível de instrução das domésticas ainda é muito baixo. Nem 10% delas freqüentam a escola e apenas 36% conseguiram concluir o ensino fundamental. Grande parte (37,3%) é responsável pelo domicílio e as negras ainda são a maioria.

O estudo mostra que a categoria representa 8,1% da população ocupada no Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Belo Horizonte e Recife. Entre todas as mulheres que trabalham nas seis regiões, 17,5% são faxineiras, diaristas, babás, cozinheiras, lavadeiras, arrumadeiras ou acompanhantes de idosos ou doentes.

A pesquisa revelou ainda que nos últimos quatro anos aumentou a procura pela profissão, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde os salários pagos são maiores.