Andrés Sanchez prefere não entrar em detalhes quanto à hipótese de Paulo Henrique Ganso deixar o Santos para defender o Corinthians. No entanto, o presidente do Timão admite que o rival alvinegro ainda não negociou o meia porque não detém 100% dos direitos econômicos do atleta. Sanches aproveitou a audiência pública do Senado, ontem, em Brasília, destinada a discutir o imbróglio das transmissões do Campeonato Brasileiro pelas TVs, para comentar a novela.

"O Santos briga porque é metade daqui, metade dali. Se fosse tudo do Santos eles já tinham vendido. É ridículo segurar o jogador lá. Em todas as profissões, o cara faz o que quiser", comentou.

A fala de Sanchez aconteceu em meio ao pronunciamento sobre as condições econômicas dos clubes. O dirigente é um dos protagonistas do episódio Ganso. Na semana passada, ele, Ronaldo, Ganso e os empresários do jogador participaram de uma reunião na 9ine, que pertence ao Fenômeno. Inicialmente, o encontro tratou da possibilidade do camisa dez virar parceiro de Ronaldo, que passaria a cuidar da imagem do canhotinha. Há quem diga que a conversa teria incluído supostas negociações para que Ganso trocasse a Vila Belmiro pelo Parque São Jorge. Apesar de tusdo, Sanches negou isso. Também procurou esclarecer que não é sócio nem consultor nem conselheiro da 9ine.

A resposta do mandatário corintiano desmente as palavras do meia santista que, em Assunção, Paraguai, declarou ontem que Andres estava na empresa de Ronaldo como sócio da agência. "O Andres estava lá, mas, se não me engano, ele também é sócio da 9ine", disse.

Ao que Sanchez respondeu aos jornalistas. "Não tenho condições no momento, como presidente de um dos maiores clubes do Brasil, de ser nem conselheiro nem consultor. Fui chamado pelo Ronaldo, mas não seria ético, pois confrontaria com a minha posição atual', afirmou o dirigente."Quando sair do Corinthians, se me convidarem de novo, aí vou conversar".