Os chanceleres e ministros de Comércio dos países consumidores e produtores de petróleo do Apec assinalaram em uma declaraçao final que os elevados preços do petróleo nao sao do interesse de ninguém.
``Os ministros assinalaram os riscos apresentados pela volatilidade do mercado petroleiro ao desenvolvimento econômico e pediram medidas apropriadas para promover uma maior estabilidade a longo prazo no mercado, em benefício mútuo de consumidores e produtores', indicou o texto.
Em Londres, às 10h20 GMT (8h20 de Brasília) desta segunda-feira, o contrato do barril do Brent para entrega em dezembro era cotado a US$ 32,05 o barril, depois de ter fechado a US$ 32,02 na sexta-feira. Em Nova York, os preços do petróleo de referência (leve suave), para entrega em dezembro, fecharam na sexta-feira a US$ 34,02.
O chanceler australiano, Alexander Downer, pediu aos produtores de petróleo para aumentar a oferta mundial, solicitaçao ignorada pela Organizaçao de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ao encerrar nesta segunda-feira uma reuniao em Viena sem anunciar mudanças em sua produçao.
``Permanecemos profundamente preocupados com o elevado preço do petróleo', disse Downer em uma entrevista conjunta à imprensa de todos os ministros, pedindo que as cotaçoes do petróleo acima dos 30 dólares o barril ``sejam absorvidas pelos próprios produtores internacionais'.
A OPEP culpa pelos preços do ouro negro os altos impostos aplicados pelos países ricos consumidores, assim como a especulaçao nos mercados petroleiros, e até estuda reduzir em janeiro próximo sua produçao, ante o temor de uma queda das cotaçoes em meados de 2001.
Na reuniao ministerial onde se preparou a declaraçao, realizada a portas fechadas, ``houve uma discussao muito forte sobre os preços do petróleo; para nós que somos importadores, a desestabilizaçao dos preços é uma grande ameaça para o desenvolvimento', disse Heraldo Muñoz, vice-chanceler do Chile, que importa 90% do petróleo que consome.
O Apec inclui grandes produtores de petróleo como México, Rússia, Canadá e Indonésia, que também integra a OPEP.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.