As declaraçoes de Silvana, mae da suposta filha de Maluf, ainda estao sendo mantidas em sigilo, mas foram gravadas em vídeo pelos promotores do Gaeco (Grupo de Atuaçao Especial contra o Crime Organizado). Sem dizer se Silvana confirma as denúncias do pai, Blat admitiu nesta quarta que Rocha pode ser confrontado com a fita se persistir no recuo.
No final da tarde desta quarta, o delegado Romeu Tuma Júnior, um dos responsáveis pela investigaçao da máfia dos fiscais da Prefeitura de Sao Paulo, determinou a reconduçao de Rocha até o prédio do Instituto de Criminalística, onde estao centralizados os trabalhos, para prestar novos depoimentos. Até as 22h, Rocha ainda nao havia sido localizado pela polícia.
O suposto caso extraconjugal de Maluf só ganha importância na definiçao de possíveis crimes cometidos na tentativa de abafar o caso. A força-tarefa formada por delegados e promotores que investigam a máfia dos fiscais quer saber a origem dos US$ 50 mil que Rocha teria recebido em 1990 de Calim Eid, correligionário de Maluf, para comprar uma casa e silenciar sobre a gravidez da filha.
Outra investigaçao da força-tarefa avança para a contrataçao de Rocha pela Prodam (Companhia de Processamento de Dados do Município), em 1993. Mesmo sem entender nada de informática, o funcionário foi promovido em 1997.
Caso sejam confirmados os indícios de que o emprego na Prodam foi uma das formas usadas por Maluf e correligionários para abafar o caso, usando para isso o erário público, pelo menos o secretário municipal de Governo à época, Edevaldo Alves da Silva, que nomeou Rocha para o cargo, poderá ser denunciado, por improbidade administrativa.
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