Modelo híbrido é fácil e agradável de conduzir, além de
poder maximizar eficiência do consumo de combustível
Dirigir por uma semana o Toyota Prius, automóvel híbrido lançado em 1997 no Japão, que será vendido no Brasil a partir de setembro, foi uma experiência singular. Pude me sentir mais próxima do que sempre imaginei para o futuro.
Para começar, o visual do lado de fora chama a atenção pelo arrojo. Seu design foi feito pensando em oferecer eficiência aerodinâmica, um dos pontos mais importantes no desenvolvimento de um veículo que busca máxima eficiência em consumo de combustível: o desenho do spoiler traseiro evita a formação de turbulência; a parte externa do assoalho possui carenagem e defletor aerodinâmico na traseira e o desenho lateral foi feito para garantir melhor fluxo de ar. O resultado é o coeficiente aerodinâmico de 0,25, obtido a partir de simulações em computador e testes em túnel de vento.
Ao me aproximar do carro com a chave presencial, bastou tocar a maçaneta para a porta se abrir. No interior, a atmosfera futurista continua. O acabamento é claro e de boa qualidade, os comandos de som, ar-condicionado e do display do painel estão à mão, no volante.
Para ligar o motor, basta pressionar o botão power no painel de instrumentos. O câmbio é pequeno, fácil de manejar, e se parece mais com um joystick. A transmissão continuamente variável é do tipo eletrônica CVT, que possibilita infinitas relações de marchas.
O display inclui monitor de energia que indica as condições de funcionamento do motor elétrico em tempo real e também o fluxo de energia despendido.
O indicador do sistema híbrido mostra o uso do acelerador e ajuda o motorista a modificar a forma de conduzir o veículo para maximizar a eficiência do consumo de combustível.
Também é possível conferir os resultados da recuperação energética em intervalos de um a cinco minutos. Durante nossa avaliação, o consumo médio foi de 19,2 km/l.
Agrada no Prius a condução silenciosa, mesmo quando o motor a combustão é utilizado. O rodar também é macio, a manobrabilidade é boa, assim como a estabilidade. A visibilidade, no entanto, é um pouco prejudicada atrás pela inclinação do vidro traseiro.
O modelo de 4,46 metros de comprimento e 1.390 quilos respondeu bem às acelerações sempre que solicitado.
Para a segurança, tem freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem, controle de tração e estabilidade e assistência de frenagem, além de três air bags frontais (para motorista, passageiro e para os joelhos do condutor), dois laterais para os passageiros dianteiros e dois de cortina, que cobrem as duas fileiras de assentos. Também ajuda o visor head up display, que projeta a velocidade na base do para-brisa.
Hatch desperta a curiosidade na rua
Brasileiro gosta de novidade. E naturalmente um modelo híbrido, devidamente identificado com adesivos nas laterais, circulando pelas ruas do Grande ABC e da Capital, só poderia chamar (e muito) a atenção de vários curiosos.
Rodando pela Avenida Lions, em São Bernardo, o motorista do carro ao lado esperou a parada no farol vermelho para tirar fotos no celular. Durante a avaliação, deixei o carro em um estacionamento do centro de Santo André, onde os manobristas fizeram várias perguntas sobre o carro e o gerente do estabelecimento comentou que já tinha visto uma reportagem sobre híbridos na TV.
Em um estacionamento da Capital,o carro também fez sucesso e os funcionários quiseram saber mais sobre o veículo diferente. Até mesmo durante as fotos feitas em Santo André vários transeuntes pararam para ver o Prius mais de perto.
VENDAS
Atualmente há 15 unidades do híbrido rodando pelo País, como parte da estratégia da Toyota de disseminar a tecnologia híbrida entre os consumidores. Primeiro veículo híbrido no mundo a ser produzido em escala comercial, há 14 anos, já teve 2,3 milhões de unidades vendidas, sendo mais de 1 milhão apenas nos Estados Unidos.
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