Os bancos esperam reduzir as perdas com fraudes eletrônicas, neste ano, em 6%, baixando o prejuízo a R$ 1,4 bilhão. O montante representa 0,006% de todas as transações bancárias, mas preocupa o setor, destacou o diretor setorial de prevenção a fraudes da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Marcelo Câmara. As instituições investem cerca de R$ 20 bilhões por ano em TI (Tecnologia & Informação), que engloba também o combate a esse tipo de crime.

São fraudes eletrônicas aquelas em operações realizadas por meio de caixas eletrônicos, cartões de crédito, de débito, internet em PC, tablet ou celular e telefone. E conforme a Febraban, as principais armas contra esses atos criminosos são o monitoramento das transações, em que são gerados alertas quando há anormalidade, e o desenvolvimento de novas tecnologias, como a biometria, que é o reconhecimento de alguma parte do corpo do cliente.

Neste caso, destacou o coordenador da subcomissão de prevenção a fraudes eletrônicas da Febraban, César Faustino, o Bradesco e o Itaú Unibanco estão mais avançados. "Mas todos os bancos correm para atuar com biometria." Ele previu que em três anos as principais operações, e aquelas que têm maior índice de fraude, terão acesso por meio da biometria. Hoje, o Bradesco já atua com leitura das veias das mãos dos clientes. E o Itaú, em fase inicial, trabalha com reconhecimento da digital. Ambas tecnologias são associadas à utilização de cartão e senha. "Mas há projetos no setor bancário brasileiro para realizar saque sem o cartão", garantiu Faustino.

Câmara espera que o setor encerre o ano com 24% das transações realizadas pela internet, mesmo percentual do ano passado. Não há um número exato, mas as operações são referentes a 42 milhões de contas movimentadas pela rede, de um total de 92 milhões sob o domínio de 54 milhões de clientes. Como é impossível clonar os chips dos cartões, os criminosos têm atuado constantemente pela internet, disse Câmara. Cabe ao cliente tomar cuidado e não acessar sites de bancos que tenham indício de fraude.