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Kiko reconhece paralisar plano do teleférico

Prefeito de Ribeirão alegou que custos de manutenção são inviáveis; Parque Milton Marinho será revitalizado

Felipe Siqueira
Especial para o Diário
21/03/2017 | 07:00
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O prefeito de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSB), assegurou ao Diário que o projeto de implantação de teleférico na cidade está encerrado. Segundo o socialista, os custos da proposta, iniciada no governo do ex-prefeito Saulo Benevides (PMDB), “são muito altos”. O valor que seria utilizado para manutenção das instalações, depois de prontas, seria “inviável”. Com a decisão, os recursos recebidos até agora para as intervenções necessitam ser restituídos.

Kiko apontou diversas falhas no projeto do teleférico. De acordo com o prefeito, o documento não teve liberação de vários órgãos públicos para poder entrar em fase de construção. “Ele (teleférico) tem obra em topo de morro, o que a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) não aprovou. Tem uma obra que passa por cima da CPTM (trilhos do trem), que também não foi aprovada pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Passa por cima da rede da Eletropaulo, de alta-tensão, o que é absurdo. Não se pode passar nada por cima porque ele cria um campo eletromagnético”, justificou. “Devido a todos esses problemas que tem, é uma obra inviável para a cidade. O custo dela é gigantesco e a manutenção dela é gigantesca”, completou.

De acordo com o secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Ribeirão, Marcelo Menato, a cidade recebeu R$ 416.295 para custear os bondinhos, que fariam os transportes, e R$ 895.050 para o projeto. Ambos são verbas provenientes do Dade (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento a Estâncias Turísticas), da Secretaria do Estado de Turismo. O dinheiro referente aos bondinhos (R$ 416.295) deverá ser devolvido ao Dade, de acordo com o prefeito.

O Diário visitou, em janeiro deste ano, os três principais pontos de obras para o teleférico. O único local com construções avançadas é o Parque Milton Marinho, com alguma estrutura já colocada.

No Complexo Ayrton Senna existem fundações feitas, que, de acordo com a Prefeitura, custaram cerca de R$ 470 mil. O impasse, neste caso, é que, financiada pela Caixa Econômica Federal, a instituição não deu aval para esta parte da obra, consequentemente, não deu nenhum dinheiro. Segundo o Paço, o governo Saulo permitiu que o serviço fosse prestado. Agora, a Prefeitura deve R$ 470 mil para a empresa responsável. No Mirante Santo Antônio nada foi feito.

PARQUE
“(Para as obras no parque) Foi prometido uma coisa para o Dade e foi feito um método construtivo diferente. A gente vai ter que reparar esse erro”, disse Kiko. A intenção é utilizar as estruturas que estão instaladas no local para a revitalização do parque.  




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