Política Titulo Editorial
Questão de fluidez
Do Diário do Grande ABC
23/08/2019 | 11:38
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Um dos temas mais frequentes nas páginas deste Diário, quando se trata de reclamações da população, é a questão da falta d’água. No último verão, incontáveis foram as vezes em que o telefone da Redação tocou e que equipes foram às residências e aos comércios mostrar a situação inaceitável em que pessoas tinham seus direitos vilipendiados por não contar com o recurso vital, apesar de todos os meses serem pontualmente ‘brindados’ com contas de consumo cada vez mais altas.

Desculpas e promessas de melhorias eram feitas aos montes por integrantes do poder público. Tanto que os cidadãos, já descrentes, quase nunca se motivavam e, sem alternativas, buscavam formas de suprir o problema das torneiras secas.

Na mesma proporção, os integrantes das administrações municipais mostravam-se ágeis em buscar um culpado pela escassez. Quase sempre as críticas eram dirigidas à Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), que não estaria enviando a quantia de água necessária. Esta, por sua vez, se defendia e apontava outros motivos.

No último mês, uma das cidades que possuíam água e esgoto municipalizados, Santo André, assinou acordo com a empresa e repassou a ela o controle dos serviços por 40 anos. De cara livrou-se de dívida estimada em R$ 3,4 bilhões e hoje tem a promessa de que no fim do ano a rotina de seca urbana será encerrada.

Ontem, a Prefeitura de Mauá sinalizou com possibilidade de formalização de contrato semelhante. Com igual período de duração, mas sem inclusão da coleta de esgoto, que já é feita por outra empresa. 

Se as duas partes chegarem a bom termo, o município deverá ficar livre de passivo com valor aproximado de R$ 2 bilhões. 

Ao que tudo indica, em breve os mauaenses passarão a ser clientes da Sabesp e não mais da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), e o que eles esperam não é apenas a troca de siglas, mas sim maior fluidez nas tubulações e água em abundância nas torneiras. 




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