A morte de Toukan, que nasceu em 1917 em uma família rica e conservadora de Nablus, aconteceu após uma internação que se prolongou por oito meses.
Seus poemas se caracterizaram por sua apaixonada defesa dos direitos da mulher na sociedade palestina e árabe em geral e por seus protestos solidários ao seu povo e seu sofrimento sob a ocupação militar israelense depois da guerra de 1967.
A luta pelos direitos da mulher foi a partir de sua própria experiência como uma dos dez filhos de uma família ultraconservadora. Fadua costumava contar aos seus seguidores e amigos que, quando nasceu, seu pai lamentou que fosse menina.
A poetisa, que nunca se casou, descreveu em seu ciclo de poemas intimistas os obstáculos que enfrentou em sua evolução intelectual, entre eles a proibição paterna de estudar na Universidade como um de seus irmãos, também poeta.
Toukan, cujas obras foram traduzidas para o inglês e o pársi, protagonizou pouco depois da conquista da Cisjordânia por Israel em 1967 um famoso incidente por descrever em um de seus poemas contestadores um palestino que "comia o fígado" do então ministro da Defesa israelense, general Moshé Dayan.
Um de seus grandes admiradores, o presidente palestino, Yasser Arafat, não irá ao enterro por se encontrar confinado em seus escritórios da sede do Governo de Ramala, a Mukata.
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