Técnicos estiveram na sede do Tribunal Superior Eleitoral para inspecionar sistema eletrônico de votação
Técnicos das Forças Armadas foram ontem ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Brasília, para inspecionar os códigos-fonte da urna eletrônica e dos sistemas eletrônicos de votação. Pelo cronograma de trabalho, pela manhã foram feitas reuniões explicativas com técnicos da Justiça Eleitoral, e, à tarde, os códigos-fonte foram inspecionados numa sala instalada pelo TSE em sua sede especificamente para este fim.
Código-fonte é um conjunto de comandos e instruções, escritos em linguagem para computadores, que integram um programa capaz de acionar o funcionamento de equipamentos eletrônicos.
A inspeção dos códigos-fonte das eleições por integrantes das Forças Armadas ocorre após o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, ter enviado na segunda-feira (1) um ofício ao TSE pedindo acesso “urgentíssimo” aos dados.
Em resposta, o TSE informou que o acesso a todos os códigos-fonte utilizados nas Eleições 2022 estão disponíveis desde outubro do ano passado para as entidades fiscalizadoras do processo eleitoral, incluindo as Forças Armadas.
A inspeção já foi realizada, por exemplo, pela CGU (Controladoria-Geral da União), MPF (Ministério Público Federal) e Senado. A PF (Polícia Federal) marcou para realizar o procedimento entre os dias 22 e 28.
Todos os partidos políticos também podem inspecionar os códigos. Até o momento, se interessaram pelo procedimento as siglas PV, PL e PTB, embora somente esta última tenha de fato conduzido uma inspeção, informou o TSE.
Desde as eleições municipais de 2020, o TSE vem ampliando o rol de entidades que podem ter acesso livre aos códigos-fonte do sistema eletrônico de votação, desenvolvidos por programadores da própria Justiça Eleitoral.
Além de órgãos oficiais, a lista oficial inclui, entre outros, entidades como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e os departamentos de tecnologia de instituições acadêmicas. A UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) realizou a inspeção em março.
Além disso, a UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e a Polícia Federal participam de um projeto-piloto que permite acesso remoto aos códigos.
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