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Prefeituras da região abandonam home-office

Regime vem sendo desfeito nas gestões do Grande ABC conforme avanço da vacinação

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
29/08/2021 | 00:01
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DGABC


O avanço da vacinação contra a Covid-19 no Grande ABC tem levado as prefeituras a abandonar gradativamente o regime de home-office entre os servidores públicos com mais velocidade do que na iniciativa privada. Levantamento feito pelo Diário junto às administrações revela que apenas 5,4% do funcionalismo das sete cidades ainda estão nessas condições.

A tendência, inclusive, é a de que a parcela dos que estão em trabalho remoto reduza ainda mais nos próximos meses, já que esses servidores ainda seguem de home-office em razão de comorbidades, por serem idosos com mais de 60 anos ou por aguardarem a segunda dose da vacina. Dos aproximadamente 44 mil servidores públicos das sete cidades (entre efetivos e comissionados), pouco mais de 2.400 ainda trabalham de casa, segundo números exatos e estimativas feitas pelas próprias administrações da região.

Esse cenário indica que, ao contrário do movimento que ocorre no setor privado, o regime de trabalho remoto tende a ser totalmente desfeito ao longo dos meses nos órgãos públicos da região. 

Entre algumas empresas, o método que chegou como solução temporária para preservar a saúde dos funcionários durante a pandemia acabou chegando para ficar. Estatísticas, porém, mostram que a modalidade é privilégio para poucos. Segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) apenas 11% dos trabalhadores (8,2 milhões) estavam de home-office entre maio e novembro de 2020, primeiro ano de enfrentamento à crise sanitária. Desse total, 63,9% são profissionais da iniciativa privada. Entre os servidores públicos em trabalho remoto, a menor parcela (21,9%) era oriunda do poder público municipal. No geral, a maioria desses profissionais em <CF51>home-office</CF> eram mulheres (56%), brancos (65,5%) e com nível superior (74,6%).

NÚMEROS 

Na Prefeitura de São Bernardo, apenas 5,3% (667) dos 12.562 servidores seguem no regime de trabalho remoto. No Paço de Diadema, essa fatia é de 21% (cerca de 1.370 dos 6.527), oriunda de todos os setores, com exceção da segurança. “Com a diminuição das restrições, o avanço das vacinações e muitos funcionários já tomando suas segundas doses, a tendência é a volta aos poucos ao regime presencial – seguindo, claro, os protocolos de segurança, como distanciamento social, uso de máscaras e disponibilidade de álcool gel por todos os espaços”, informou o governo do prefeito José de Filippi Júnior (PT). Em Mauá, embora nenhum servidor esteja de <CF51>home-office</CF>, 91 funcionários estão em afastamento médico aguardando a conclusão do ciclo vacinal (24 são gestantes). Ribeirão Pires tem 10% (350 dos 3.400) dos funcionários em trabalho remoto e Rio Grande da Serra, nenhum. 

São Caetano não informou os dados e Santo André alegou que não é possível mensurar esses dados porque adota o regime híbrido, em que funcionários alternam entre presencial e remoto. No entanto, avisou que mira o fim do home-office. “O decreto que está em vigor prevê que pelo menos 50% dos servidores trabalhem de maneira presencial. A partir de 1º de setembro (quarta-feira) o comparecimento presencial deverá ser de 80%. Ainda não há previsão de quanto tempo esse regime híbrido continua, mas deve seguir pelo menos até que todos os servidores estejam totalmente imunizados. 

Ao todo, 31,8% da população do Grande ABC já estão totalmente vacinados. 




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