Ex-prefeito é esperado para depoimento após comissão pedir condução coercitiva para ouvi-lo
A CPI da OAS em São Bernardo vive expectativa de, enfim, ouvir o ex-prefeito Luiz Marinho (PT). O petista é esperado para prestar depoimento hoje, às 15h30, na sede do Legislativo, em meio à judicialização de sua convocação.
O bloco aprovou há duas semanas a intimação ao ex-chefe do Executivo diante da citação de seu nome por parte de depoentes já ouvidos pela comissão. Inicialmente a conversa foi marcada para o dia 13. Marinho pediu e a CPI alterou a data, para o dia 19. No dia 18, advogados do petista ingressaram com pedido junto à Câmara para obter inteiro teor da apuração até agora, além de solicitar postergação da oitiva por 15 dias.
Esse pleito desencadeou a judicialização do episódio. Isso porque Marinho não compareceu ao depoimento do dia 19. Na mesma hora, a CPI aprovou requerimento do relator do grupo, vereador Julinho Fuzari (DEM), para impetrar ação requerendo à Justiça condução coercitiva de Marinho. A ideia era interrogar o petista na segunda-feira, às 15h30.
A Justiça concedeu o pedido da CPI da OAS e expediu mandado para condução coercitiva de Marinho em três endereços – Sindicato dos Metalúrgicos, sede do PT de São Bernardo e a residência do político no Riacho Grande. Em nenhum deles o ex-prefeito foi encontrado. Apresentou-se, então, nova solicitação para condução coercitiva.
Para Fuzari, Marinho não poderá utilizar alegação de desconhecimento de sua convocação. “Ele já não podia fazer isso na segunda-feira porque seus advogados peticionaram no processo da condução coercitiva inicial. Agora mais ainda, porque a Justiça já havia concedido o pedido e toda a imprensa noticiou. Vamos aguardá-lo”, disse o democrata. “Não entendo por que ele quer tanto fugir de prestar seu depoimento”, emendou.
O petista não informou se irá comparecer. Seus advogados também ingressaram com ação judicial para obter toda documentação coletada pela CPI – a presidência do bloco, a cargo do vereador Maurício Cardozo (PSDB), argumenta que deixou à disposição o acesso aos documentos, mas não pode autorizar que os defensores do ex-prefeito retirem processos físicos do prédio da Câmara. Até o fechamento desta edição, o juiz Alexandre Jorge Carneiro da Cunha Filho, da 1ª Vara da Fazenda Pública da cidade, não havia emitido sua avaliação acerca da liminar solicitada pelos advogados Cleiton Coutinho e Miguel Ferrazoni para acessar todo teor da investigação e, de quebra, adiar novamente o depoimento.
A CPI precisa encerrar suas atividades até semana que vem.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.