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Encontro entre Olmert e Abbas segunda-feira em Jerusalém
Da AFP
15/07/2007 | 11:23
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O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e o presidente palestino, Mahmud Abbas, vão se reunir segunda-feira em Jerusalém, indicou neste domingo uma responsável israelense. "O primeiro-ministro Ehud Olmert vai se encontrar segunda-feira em Jerusalém com o presidente Mahmud Abbas", afirmou esta responsável, pedindo anonimato.

A última reunião entre os dois dirigentes ocorreu no dia 25 de junho em Sharm el-Sheikh, no Egito, onde Olmert anunciou o desbloqueio de uma parte dos fundos da Autoridade palestina. Cerca de US$ 118 milhões foram enviados desde então ao governo de urgência dirigido por Salam Fayyad.

Olmert também decidiu na ocasião libertar 250 prisioneiros palestinos do Fatah, o movimento de Abbas. Estas medidas visam reforçar a posição de Abbas frente aos islamitas do Hamas que assumiram o controle total da Faixa de Gaza após um golpe de força armada em 15 de junho. No próximo encontro, Olmert tem a intenção de fazer "novos gestos" para ajudar Mahmud Abbas.

Segundo a responsável, Olmert quer permitir ao chefe do FDLP (Frente Democrático para a Libertação da Palestina), Nayef Hawatmeh, voltar nos próximos dias à Cisjordânia, e pretende renunciar à perseguição aos 180 ativistas palestinos do Fatah procurados pelos serviços de segurança israelenses. Além disso, a lista dos 250 prisioneiros (de um total de 11 mil) que devem ser libertados será estabelecida definitivamente "nos próximos dias", acrescentou esta responsável. "Os detalhes de todas estas medidas, aprovadas em princípio pelo primeiro-ministro, estão sendo discutidas", acrescentou.

O vice-ministro da Defesa, Matan Vilna, confirmou neste domingo à rádio militar que Israel quer renunciar à perseguição dos ativistas procurados, "Não há outra forma de ajudar Mahmud Abbas senão fazer alterações na lista dos palestinos procurados", afirmou Matan Vilna¯. Sobre Nayef Hawatmeh, "estamos em 2007 e precisamos nos perguntar o que é do interesse de Israel e como impedir o Hamas de assumir o poder da Judéia-Samaria (Cisjordânia)", disse.

Ele assim respondeu ao Likud, o principal movimento de oposição de direita e ao ministro dos Assuntos Estratégicos Avigdor Lieberman que denunciaram as medidas pretendidas por Olmert, dizendo que elas vão "incentivar o terrorismo".

A rádio militar destacou que os 180 ativistas palestinos não seriam mais perseguidos se eles assinassem um documento prometendo cessar suas "operações terroristas". Pouco depois, um alto responsável da Segurança palestina informou que "189 pessoas indicadas numa lista apresentada por Israel aceitaram cessar suas atividades". Segundo ele, Zakaria Zubeidi, um chefe militar do Fatah que encabeça esta lista aceitou o acordo.

Se eles respeitarem este acordo durante três meses, o nome deles será retirado das listas dos procurados e eles poderão integrar os serviços de segurança da Autoridade palestina. A rádio indicou ainda que entre os 250 prisioneiros que serão libertados, 85% pertencem ao Fatah e o resto ao FPLP (Frente Popular para a Libertação da Palestina) ou ao FDLP, duas organizações membros da OLP (Organização para a Libertação da Palestina).



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