Entre as operadoras de telefonia fixa, a média de rentabilidade foi de 11,8%, bem maior que a da telefonia celular, de apenas 0,3%.
“Embora a receita venha se mantendo praticamente estável, temos custos mais controlados e despesas financeiras menores, o que justifica o aumento da lucratividade”, diz Roberto Terziani, diretor da Área de Relações com Investidores da Oi, a maior empresa de telefonia fixa no País.
Desde a privatização do setor, em 1989, as empresas têm empreendido grandes esforços para reduzir custos e despesas internas. Foram feitos grandes investimentos nos primeiros anos pós-privatização, mas a partir de 2002 as empresas praticamente só investiram para manutenção de redes e plataformas.
“A conseqüência disso foi a redução acelerada do endividamento”, diz Terziani.
As empresas do setor passaram ainda a oferecer serviços de valor agregado, para tentar compensar a migração de usuários para a telefonia celular. Um exemplo são os pacotes de serviços sofisticados como o “Triple Play”, que combina telefonia fixa, televisão a cabo e acesso à internet por banda larga, a custo único.
“Esses serviços significam não apenas diversificação de mercados e novas fontes de receitas, mas, principalmente, garantia da própria sobrevivência e melhoria da lucratividade do setor”, afirma Márcio Torres, coordenador de estudos da Serasa.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.