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Vendas no comércio decepcionam e crescem apenas 3%
Hugo Cilo
Do Diário do Grande ABC
04/01/2007 | 12:11
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As vendas no comércio no fim do ano decepcionaram comerciantes e entidades que representam o setor, apesar do aumento da oferta de crédito e da queda nas taxas de juros no varejo. Segundo a Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), a receita dos lojistas ficou apenas 3% acima do balanço de 2005. O índice é semelhante aos 3,2% apontado pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo).

As razões para a apatia do consumo recaem – a exemplo do ano passado – sobre o alto grau de endividamento do trabalhador e do comprometimento do orçamento doméstico com o pagamento de juros bancários.

Na avaliação do presidente da Fecomercio, Abram Szajman, só não houve queda nas vendas em razão do aumento efetivo dos salários – em especial entre famílias de baixa renda – e queda no desemprego. No entanto, ele avalia que para injetar ânimo no comércio é preciso estimular ainda mais o consumo. “É preciso destravar a economia”, resume.

As associações comerciais do Grande ABC ainda não divulgaram balanço de vendas de fim de ano na região.

Produtos - As vedetes do comércio no período de festa foram os produtos semiduráveis – vestuário e calçados, por exemplo – que apresentaram vendas superiores à média das demais mercadorias: 4%.

No segmento de bens duráveis – como eletroeletrônicos – a procura nos últimos 15 dias cresceu 3%, acima dá média de 2% prevista no início de dezembro pelas associações comerciais.

Mesmo à espera de aumento na procura, um levantamento da Fecomercio constatou que 27% dos lojistas realizaram promoções no mês passado. A alegação dos empresários é que as chamadas ofertas relâmpago contribuíram para despertar o interesse do consumidor frente ao aumento da concorrência.

Mão-de-obra - A contratação de trabalhadores temporários foi a opção de 37% dos lojistas durante o Natal, segundo pesquisa da Fecomercio. Apesar das vendas fracas no período, o fim do ano se destacou como a principal data para quem busca o primeiro emprego no setor do comércio.Entre os quatro principais shoppings do Grande ABC, foram abertos mais de 3 mil postos temporários de trabalho, fator que contribuiu para reduzir o desemprego.



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