Para o petista, se há problemas em Minas Gerais os próprios mineiros devem ter sabedoria para resolvê-los. "Não dá para transferir problemas regionais para a campanha nacional", disse.

Lula reiterou que o rompimento da aliança PT-PL para a Assembléia Legislativa mineira não resultará em perdas de votos para sua candidatura no Estado. "Temos os votos da nossa militância e dos empresários, além do apoio do governador Itamar Franco. Não haverá abalo diante da grandeza da campanha", reiterou.

Já em relação a Alagoas, onde a senadora Heloísa Helena desistiu de sua candidatura ao governo do Estado por discordar da aliança, o vice de Lula, José Alencar, minimizou o incidente, atribuindo a desistência à verticalização partidária, imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral a partir das eleições deste ano. O senador mineiro aposta, no entanto, na manutenção das negociações para que se resolva o impasse para o legislativo em seu Estado.

Alencar afirmou que o único palanque no qual vai subir é o de Lula, mesmo que seu partido apoie candidatos de outros partidos nas eleições estaduais, como é o caso de São Paulo, onde o PL apóia Paulo Maluf (PPB). "Não tenho de estar em nenhum outro palanque, apesar de respeitar outros partidos, porque minha disputa é federal".

Lula e Alencar abriram neste sábado, com uma caminhada de 40 minutos pelo centro de São Paulo, a campanha de rua do PT. Também acompanharam os candidatos ao governo federal os deputados José Genoíno, candidato ao Palácio dos Bandeirantes, e Aloízio Mercadante, que concorre a uma das vagas ao Senado por São Paulo.