"O que precisamos desta vez é pôr na balança todo peso da comunidade internacional, de uma forma multilateral, para responder à ameaça norte-coreana, para que a Coréia do Norte saiba que não há escapatória", declarou a conselheira de Segurança Nacional do presidente George W. Bush, Condoleezza Rice, entrevista pela rede de televisão ABC.
Descartou a idéia de que simples negociações bilaterais entre Washington e Pyongyang possam bastar para resolver o problema das armas atômicas norte-coreanas, e lembrou que Pyongyang não respeita o acordo-marco de 1994.
"Não temos medo de discutir, mas devemos fazê-lo de maneira a fazer a máxima pressão sobre a Coréia do Norte, de forma que não apenas congele seu programa de armamentos nucleares, mas desmantele-o", disse.
"Precisamos pôr sobre negociações todo peso coletivo da China, Rússia, Japão e Coréia do Sul", acrescentou. "A China tem responsabilidades (...). Os russos têm muito a perder, assim como o Japão e a Coréia do Sul", afirmou.
A Coréia do Norte reiterou nesta sexta-feira seu apelo por negociações diretas com os Estados Unidos para encontrar uma saída para a crise provocada por seu programa nuclear e descartou a abordagem multilateral dada por Bush. Neste contexto de tensão, Pyongyang deu a entender que nos próximos dias vai realizar um novo teste de mísseis de cruzeiro no Mar do Japão, a segunda em menos de duas semanas.
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