Em entrevista ao programa Bom Dia Brasil, da Rede Globo, a testemunha contou que um capitão identificado como Ivan o recrutou para participar do esquema e que um médico da PM realizou os exames para verificar a compatibilidade do órgão a ser doado com o receptador.
Segundo o doador, que não quis se identificar, as cirurgias para retirada e transplante do órgão aconteceram na mesma sala do hospital St. Augustines, em Durban, na África do Sul. Antes da viagem, ele realizou um exame sobre suas condições físicas e compatibilidade sangüínea em Recife, com um médico da PM.
Após mostrar um corte de cerca de 40 centímetros em suas costas, ele contou que só recebeu o pagamento – R$ 40 mil - quando já estava de volta no Brasil. Ele explicou que se submeteu ao esquema para conseguir dinheiro.
A Polícia Federal já pediu ajuda à embaixada da África do Sul e à Interpol para auxiliar nas investigações do grupo. Nesta quinta-feira, dois israelenses suspeitos de envolvimento no esquema foram presos em Durban.
A polícia sul-africana prendeu Ajania Robel, 42 anos, que havia sido submetido a um transplante de rim em um hospital privado de Durban, e Meir Sushan, 49, sob a mesma acusação. Há a suspeita de que Sushan tenha sido intermediário na negociação. A dupla foi libertada sob fiança e vai aguardar o julgamento, que acontece em fevereiro, em liberdade.
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