Economia Titulo Ação estratégica
Polo petroquímico da região pode passar por mudanças comerciais

Unipar teria interesse na compra de ativos da petroquímica Braskem

Da Redação
Do Diário do Grande ABC
31/08/2021 | 09:41
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Divulgação/DGABC


O grupo Unipar, que tem o controle acionário de diversas empresas localizadas no Polo Petroquímico de Capuava, na divisa entre Santo André e Mauá, manifestou interesse pelos ativos da Novonor, ex-Odebrecht e acionista da petroquímica Braskem, com planta na região. Segundo informações do jornal Valor Econômico, a empresa Unipar estaria interessada em adquirir acesso ao eteno, matéria-prima para produção do PVC.

A proposta teria ocorrido de maneira não vinculante à controladora da Braskem, ou seja, quando ainda não há um compromisso definitivo entre as partes e a negociação pode ser alterada. Procuradas pelo Diário, Braskem e Unipar não quiseram comentar.

O interesse na aquisição pode ser motivado porque a Unipar, maior produtora de cloro e soda cáustica da América do Sul e segunda maior fornecedora de PVC na região, precisa comprar o insumo da Braskem, enquanto no passado tinha acesso direto à matéria-prima produzida na central paulista, por meio da PQU (Petroquímica União). A Unipar apresenta capacidade para futura aquisição da petroquímica, já que encerrou o segundo trimestre deste com lucro de R$ 246,97 milhões. 
 
AÇÕES
Ainda segundo fontes ouvidas pelo Valor, a Novonor estaria inicialmente interessada em vender o conjunto de operações da Braskem e até contratou assessoramento financeiro da Morgan Stanley, para vender sua participação de 38,3%. Devido ao surgimento de interesse em ativos específicos da companhia, como no caso do etano, o grupo estaria avaliando a venda parcial da petroquímica e não mais o conjunto das ações.

A Petrobras, segunda maior acionista da Braskem, anunciou na semana passada o interesse em vender integralmente sua participação na empresa. A petroleira confirmou a contratação da JP Morgan para assessoramento financeiro da eventual e futura transação referente à sua participação de 36,1% na companhia.

Em comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobilários), como esclarecimento de notícia veiculada na mídia, a Braskem informou que não tem conhecimento sobre a realização de uma oferta pública de ações da companhia como possível estratégia de saída dos acionistas. A empresa diz que “não é parte de eventuais discussões de seus acionistas sobre a venda das suas participações acionárias”.




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