Os líderes governistas estao seguros da rejeiçao da denúncia, mesmo que a oposiçao recorra ao plenário, mas nao disfarçam a preocupaçao com o desgaste que as denúncias podem causar ao governo. "Nao tenho dúvidas de que o governo defendeu o interesse público no processo de privatizaçao da Telebrás, mas o que essas denúncias passam para a opiniao pública é uma imagem ruim", lamenta o líder do governo na Câmara, Arnaldo Madeira (PSDB-SP). Ele afirma que a base governista está unida - o que foi demonstrado ontem na articulaçao dos líderes, que nao titubearam em sair em defesa do presidente Fernando Henrique, a maioria usando o mesmo discurso - de que a denúncia nao passa de "prato requentado". Essa demonstraçao tranqüiliza o governo, mas nao afasta a sombra da CPI. Os parlamentares da oposiçao acreditam que a insatisfaçao de integrantes da base governista pode ajudá-los a conseguir as assinaturas necessárias (171 na Câmara e 27 no Senado) para a instalaçao de uma CPI mista.
Muitos dos insatisfeitos aproveitariam a oportunidade para chantagear o governo, como já aconteceu em outras ocasioes. Nesse caso, os líderes teriam que pressionar suas bancadas, o que resultaria em mais desgaste ao governo.
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